Polícia prende dois homens pelo crime de venda de carros clonados. Na imagem, Victor Hugo RogerReprodução / Redes Sociais
Por O Dia
Publicado 01/06/2021 07:57 | Atualizado 01/06/2021 08:27
Rio - Dois homens foram presos em flagrante, na segunda-feira (31), pelo crime de receptação qualificada de carros clonados. Eles foram identificados como Carlos Jose dos Santos e Victor Hugo Roger. Segundo a Polícia Civil, os veículos originais pertenciam a policiais militares, que vinham recebendo as multas pelas infrações dos clones. Nas redes sociais, Victor Hugo postava fotos e ostentava com um dos carros.
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Policiais civis da 21ª DP (Bonsucesso) estiveram em Campo Grande, na Zona Oeste, em busca de Victor Hugo, apontado como suspeito de vender um carro, modelo VW Saveiro, clonado, que foi roubado no bairro. Segundo a polícia, no local, os agentes encontraram um carro, modelo modelo Hyundai Creta, em frente à residência de Victor, que o homem afirmou que teria sido adquirido através de um "rolo". Victor contou que tinha um Jeep Renegade e havia realizado uma troca de carros com um outro homem, identificado como Carlos Jose, que conheceu na internet e que também trabalharia com o esquema de "rolo". 
Após a informação sobre a troca dos veículos, os policiais pediram para que Victor entregasse os documentos do carro Hyundai, que estavam em nome de uma mulher, e a após consultas foi confirmado que se tratava de um carro roubado. O homem confessou que já sabia que o carro era clonado e que quando fez a troca com Carlos, ele o havia informado sobre as clonagens. 

Após a confirmação sobre a participação de Carlos, policiais foram para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e encontraram o veículo Jeep Renegade citado, com o motor ligado. Junto, havia um homem, que ao perceber a chegada da polícia, tentou fugir, mas acabou detido. 

A polícia informou que quando Carlos foi abordado sobre o carro, ele revelou que havia feito um "rolo" em troca de outro veículo com Victor e assumiu que estava ciente sobre os roubos e clonagens. Os agentes identificaram que o automóvel encontrado com Carlos era de um roubo que aconteceu em Todos os Santos, na Zona Norte do Rio. 

A polícia ainda informou que os carros clonados foram apreendidos e ressaltaram que os veículos originais, atualmente, pertencem a policiais militares que vinham recebendo as multas pelas infrações dos clones. O Jeep Renegade, com preço a partir de R$ 70 mil, era oferecido por R$ 40 mil em rede social. O vendedor ilegal ainda dizia que "em dois anos o carro fica em dia para rodar tranquilo". 

O crime de receptação qualificada de carros clonados pode ser de três a oito anos. Segundo o delegado titular da delegacia, Hilton Alonso, na receptação qualificada, o criminoso faz da receptação uma atividade comercial ou industrial, ainda que clandestinos. "Além dos ganhos exorbitantes obtidos pela ação criminosa, a receptação qualificada atinge vários segmentos da economia, a partir do momento em que comerciantes e empresários adquirem e lucram com produtos de origem criminosa", falou o delegado.
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