Publicado 05/06/2021 07:00
O barulho das máquinas começa no meio da tarde, com a impressão dos cadernos de Classificados. Mais tarde, por volta das 23h30, após o fechamento do jornal, começam a chegar os caminhões que vão distribuir uma nova edição de O DIA.
Depois de impressos, os pacotes com os exemplares caem direto da esteira para a caçamba dos veículos. Tudo acontece no parque gráfico do Jornal O DIA, inaugurado em 1992. O projeto visava inicialmente a expansão e a entrada de cor nas páginas mais importantes do jornal, como a capa, contracapa e páginas centrais dos cadernos.
Foi nesse cenário, localizado no bairro de Benfica, que em 1998, operou-se uma inovação na imprensa do Rio: o emprego das máquinas capazes de produzir um jornal inteiramente colorido, conhecido como 'full color'. Antes, todo o processo de produção do impresso era feito na gráfica do antigo prédio do jornal, na Rua do Riachuelo, Centro do Rio.
Com o incremento do Mercado Publicitário na época e a necessidade de ter mais cor foi feita a expansão do parque gráfico em 1998, com a compra de duas máquinas rotativas, com capacidade para rodar 48 páginas coloridas de uma só vez. A partir daí o jornal se tornou 100% colorido, ou seja, full color.
"Gerar cor em todo o processo editorial foi um projeto muito bacana, que colocou o jornal em um nível superior. Essa mudança foi importante tanto para o leitor quanto para o mercado publicitário, que também passou a ter a possibilidade de ter as suas publicidades coloridas também", lembra Anderson Almeida, gerente de operações do parque gráfico, que está na empresa desde 1995.
Anderson recorda o impacto da chegada de novas máquinas, que tinham capacidade de rodar cerca de 60 mil exemplares por hora. "No início da época do Full Color, tínhamos tiragens de 700/800 mil exemplares e em um domingo chegamos a bater um recorde de mais de 1 milhão".
Com 36 anos de casa, Abelardo Silva Filho é supervisor de impressão há mais de 10 anos. Ele conta como é a rotina de trabalho no parque gráfico. "A gente chega aqui um pouco antes das 8 horas da noite para começar a preparar os equipamentos e depois de montar as máquinas eu começo a rodar o jornal. E agora que começa o Campeonato Brasileiro, vai ter jogo praticamente todo dia. A gente vai sair daqui quase 3 horas da manhã. Somos 'os noturnos', quando chegamos e quando saímos da gráfica o ônibus está vazio", brinca.
Abelardo também destaca a satisfação de ver o seu dever sendo cumprido: "É muito gratificante ver o jornal ser feito e o nosso trabalho ser realizado. E fazer parte desse intermédio entre a redação e as ruas é uma responsabilidade muito grande. Tudo tem que dar certinho. O mais importante é a data e o preço do jornal, isso não pode estar errado de jeito nenhum", conclui.
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