Parece um lago, tem pássaros e tudo, mas é uma rua no Distrito Industrial de Santa CruzMartha Imenes/ODIA
Por O Dia
Publicado 24/06/2021 09:21 | Atualizado 24/06/2021 09:56
Rio - A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Infraestrutura, anunciou que abriu uma licitação para obras de recuperação no Distrito Industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. A decisão foi publicada no Diário Oficial do município nesta quinta-feira. 
A pasta informou que a região vai receber obras de pavimentação, drenagem e no final também o Luz Maravilha, programa de iluminação de LED da Rioluz. Será recuperarada 8,5 km de vias, com obras previstas para ter início em setembro deste ano, nas principais ruas do Distrito, que são: Avenida Átila Temporal, ruas Guarantã e Darci Pereira e um trecho da Avenida João XXIII.

O local que recebe caminhões de carga pesada diariamente tem alto grau de comprometimento no asfalto e com as intervenções vai melhorar as condições viárias. Para maior durabilidade do asfalto será usado o agregado siderúrgico. O composto reduz o consumo de recursos naturais não renováveis, como aqueles provenientes da mineração de rochas, areia entre outros.

"Vamos utilizar um material de maior durabilidade, o que vai requalificar esse importante polo industrial da cidade", conta a secretária Katia Souza.

Para o local, estão previstas intervenções como a implantação de canaletas laterais para águas pluviais; recuperação da rede de micro drenagem, além do asfalto e as sinalizações horizontais das vias. A licitação ocorrerá no mês de agosto e a obra que tem prazo de 12 meses vai custar cerca de R$ 16 milhões.

O subprefeito da Zona Oeste, Edson Menezes, já esteve reunido com os empresários e fala da importância da obra para revitalização local.

"O polo recebe centenas de caminhões pesados todos os dias, essa obra é de suma importância para região de Santa Cruz e para a Cidade do Rio como um todo", finaliza o subprefeito.
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Desde junho do ano passado, na gestão Marcelo Crivella, O DIA tem denunciado a falta de infraestrutura nessas regiões e alertado sobre a fuga de investimentos e perda de arrecadação que isso vai ocasionar para a Prefeitura do Rio e para o estado.
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Os distritos industriais concentrados na Zona Oeste padecem com ruas esburacadas, falta de pavimentação e calçadas, pouquíssima ou nenhuma iluminação, pontos de ônibus inexistentes - inclusive os próprios coletivos desapareceram da região -, não há poda de árvore e faltam áreas de convivência urbana. Ou seja, toda infraestrutura da região que abriga indústrias que geram empregos, mesmo durante a pandemia de coronavírus, é caótica.
A Avenida Brasil, principal via de acesso a esses polos, padece com engarrafamentos e buracos. Por conta disso, escoar a produção e produtos dessas regiões - que deveria ser uma tarefa relativamente fácil -, tem se mostrado um desafio constante. Para se ter uma ideia, a região abriga 49 empresas. Sendo Campo Grande com o maior número (22), seguida de Santa Cruz, com 16; Palmares tem sete e Paciência, quatro. Segundo informações da Companhia Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), responsável por implantar os distritos, a sua manutenção é, constitucionalmente, feita pelas prefeituras dos municípios.
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Em dezembro do ano passado, a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), assinou com o Governo do Estado a escritura definitiva do terreno onde está sendo construído o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs), no Distrito Industrial de Santa Cruz.
De acordo com eles, o empreendimento será o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina e um dos mais modernos do mundo. Desta forma, a Fiocruz poderá aumentar em até quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos para atender prioritariamente às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do PNI e do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), respectivamente.
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