Publicado 19/07/2021 19:18
Rio - "A gente é ser humano, a gente cansa porque a gente cuida, mas quem está cuidando da gente?". A pergunta foi feita por um dos profissionais de saúde contratados pela Organização Social Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds) para atender pacientes psiquiátricos na Instituição Municipal Colônia Juliano Moreira que, há pelo menos três anos, estariam trabalhando sem direito às férias. A instituição fica em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com as denúncias recebidas pelo DIA, a justificativa dada pela organização social é que a Prefeitura do Rio não estaria fazendo os repasses necessários para a regularização das férias. "Eles colocam os nossos nomes lá na lista, dizem que está tudo certo e na hora cancelam tudo. É uma tortura você se planejar todo para ter seu tempo de descanso previsto e não poder. Nós estamos adoecendo com tudo isso", disse uma técnica de enfermagem, que preferiu não se identificar.
A situação é a mesma para toda a equipe, segundo ela. "Ninguém conseguiu tirar suas férias. Estamos há três anos trabalhando direto. Isso é desumano", comentou a técnica, que trabalha na instituição de saúde mental há pelo menos sete anos.
Uma cuidadora, que também escolheu não se identificar por medo de retaliação por parte da chefia na instituição, contou à reportagem que, mesmo com atestado psiquiátrico comprovando necessidades de recesso, não conseguiu tirar férias. "Eu estou cansada. Estou doente por causa de tudo isso que está acontecendo", lamentou a profissional.
A queixa dos funcionários, contudo, não tem relação com os salários. Segundo uma terceira técnica, que preferiu não se identificar, os pagamentos estão em dia, mas têm sido usados pela chefia como forma de ameaça. "Vocês tem que dar graças a Deus por estarem empregados e com o salário em dia", foi uma das frases ouvidas pela técnica.
Questionada sobre os atrasos, a Prefeitura do Rio confirmou que existe uma dívida com a OS Cieds, mas garantiu que esses valores serão regularizados até esta quinta-feira, dia 22. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o valor faz parte de um montante de dívidas trabalhistas deixadas pela gestão anterior.
A SMS esclareceu ainda que, durante o período mais crítico da pandemia, houve a suspensão das férias dos profissionais de saúde, mas garantiu que os funcionários poderão remarcar os recessos remunerados já a partir de primeiro de agosto, com a chefia imediata. "A medida teve como objetivo garantir a assistência plena para a população no município do Rio de Janeiro", informou, em nota.
De acordo com as denúncias recebidas pelo DIA, a justificativa dada pela organização social é que a Prefeitura do Rio não estaria fazendo os repasses necessários para a regularização das férias. "Eles colocam os nossos nomes lá na lista, dizem que está tudo certo e na hora cancelam tudo. É uma tortura você se planejar todo para ter seu tempo de descanso previsto e não poder. Nós estamos adoecendo com tudo isso", disse uma técnica de enfermagem, que preferiu não se identificar.
A situação é a mesma para toda a equipe, segundo ela. "Ninguém conseguiu tirar suas férias. Estamos há três anos trabalhando direto. Isso é desumano", comentou a técnica, que trabalha na instituição de saúde mental há pelo menos sete anos.
Uma cuidadora, que também escolheu não se identificar por medo de retaliação por parte da chefia na instituição, contou à reportagem que, mesmo com atestado psiquiátrico comprovando necessidades de recesso, não conseguiu tirar férias. "Eu estou cansada. Estou doente por causa de tudo isso que está acontecendo", lamentou a profissional.
A queixa dos funcionários, contudo, não tem relação com os salários. Segundo uma terceira técnica, que preferiu não se identificar, os pagamentos estão em dia, mas têm sido usados pela chefia como forma de ameaça. "Vocês tem que dar graças a Deus por estarem empregados e com o salário em dia", foi uma das frases ouvidas pela técnica.
Questionada sobre os atrasos, a Prefeitura do Rio confirmou que existe uma dívida com a OS Cieds, mas garantiu que esses valores serão regularizados até esta quinta-feira, dia 22. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o valor faz parte de um montante de dívidas trabalhistas deixadas pela gestão anterior.
A SMS esclareceu ainda que, durante o período mais crítico da pandemia, houve a suspensão das férias dos profissionais de saúde, mas garantiu que os funcionários poderão remarcar os recessos remunerados já a partir de primeiro de agosto, com a chefia imediata. "A medida teve como objetivo garantir a assistência plena para a população no município do Rio de Janeiro", informou, em nota.
Já a CIEDS justificou que, como uma organização da sociedade civil, depende de repasses para exercer suas funções. A OS disse ainda que irá arcar com todos os atrasos assim que receber o valor da prefeitura. "Tão logo recebamos os repasses para os devidos fins, retomaremos a programação e o pagamento de férias em aberto".
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