Publicado 29/07/2021 09:37 | Atualizado 29/07/2021 13:39
Rio - O homem apontado pelo próprio irmão como um dos envolvidos no desaparecimento dos três meninos em Belford Roxo negou as acusações em depoimento. Ele foi ouvido na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) na quarta-feira (28) e disse que o irmão teria inventado a versão após um desentendimento familiar. A polícia, no entanto, ainda não descarta a hipótese e deve fazer novas buscas pelos meninos desaparecidos em data não divulgada.
Na quarta, um homem se apresentou no 39º BPM (Belford Roxo) e acusou o próprio irmão de ser um dos responsáveis pelo desaparecimento dos meninos Lucas Matheus, Alexandre Silva e Fernando Henrique, em dezembro do ano passado. Na declaração, dada na Agência de Inteligência do Batalhão, o depoente afirmou que o irmão é um traficante e teria atuado como o motorista do carro que transportou os corpos. Os dois foram ouvidos pela DHBF, e o suposto envolvido negou a participação.
Segundo a versão do homem, os meninos teriam sido espancados e mortos dentro de um condomínio na comunidade do Castelar, e os corpos levados em um carro para a bairro do Amapá, deixados em um local chamado Ponte de Ferro 38, próximo de um rio que corta Belford Roxo. Buscas foram feitas no fim da tarde de quarta-feira.
Morte teria sido a mando de traficantes
De acordo com o resumo do setor de inteligência do batalhão, o motivo da tortura foi o furto de "uma gaiola de passarinho". Os meninos teriam sido espancados e mortos por ordem do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha ou Cem, no interior do condomínio Amarelo, que fica dentro da comunidade do Castelar, em Belford Roxo.
Piranha se encontra na situação de Evadido do Sistema Penitenciário desde maio de 2017, quando saiu no benefício do Indulto dos Dias das Mães, do Casa do Albergado Crispim Ventino. Ele é da facção Comando Vermelho e oriundo da Vila Cruzeiro.
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