Rio - A secretária Cleide de Oliveira Moreira pediu exoneração, nesta quinta-feira, da secretaria Municipal de Infraestrutura de Nova Iguaçu. Em nota, a prefeitura do município da Baixada Fluminense afirmou que criou uma comissão de intervenção na pasta garantir imparcialidade no esclarecimento da operação da Polícia Civil. 

Nesta terça-feira, a Polícia Civil cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra o braço político da milícia de Nova Iguaçu. Entre os alvos estavam as sedes das secretarias de Economia, Planejamento e Finanças e de Infraestrutura do município, o gabinete do vereador e ex-secretário Jeferson Ramos (MDB) e condomínios de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital, e Cabo Frio, na Região dos Lagos. Os envolvidos são investigados por organização criminosa, crimes contra licitação e peculato.

Além de Cleide de Oliveira Moreira e Jefferson Ramos, a operação mirou os irmãos Fábio Henrique Sousa Barbosa e Luiz Henrique Sousa Barboza. Fábio é o dono da empresa Fabimix, responsável por obras no município e Luiz tem cargo na Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu.

Por meio de monitoramento de contratos, os agentes descobriram indícios de fraudes em licitações realizadas pelo município de Nova Iguaçu e desvio de recursos públicos para áreas dominadas pela milícia. Apenas em um dos contratos investigados os valores e pagos superam R$ 17 milhões.