Renata Castro foi executada a tiros na manhã desta sexta-feira em MagéReprodução do Facebook
Publicado 27/08/2021 12:50
Rio - Policiais Civis da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizaram, na manhã desta sexta-feira, uma operação para cumprir oito mandados de busca e apreensão no município de Magé, na Baixada Fluminense. Os mandados foram expedidos através da investigação que apura a morte de Renata Castro, que era cabo eleitoral do atual prefeito do município de Magé Renato Cozzolino Harb assassinada em outubro do ano passado.
Os mandados de busca e apreensão foram dirigidos para as residências de Alexandre Teixeira da Cruz, o “Peixe”, Miguelangelo Pereira Peregrino, conhecido como “Miguelzinho” (ex-Secretário de Governo e candidato derrotado a vice-prefeito nas eleições de 2020), seu motorista Bruno Vicente Narcizo, Carine Ferreira Nogueira Tavares (Ex-Secretária de Saúde), Genivaldo Ferreira Nogueira, conhecido como “Batata” (Tio de Carine, ex-vereador com anotações criminais por homicídios), o ex-vereador Cleversom Vidal Ribeiro, conhecido como “Clevinho Vidal”, o policial militar Eric Henrique de Oliveira e Anderson Cozzolino, conhecido como “Dinho Cozzolino”, entre os quais figuram como suspeitos de participação no crime, que segue em sigilo.


O crime ocorreu em Magé no dia 30 de outubro, quando a vítima saiu de casa para buscar o pagamento pelo trabalho na campanha e foi surpreendida por um veículo Fiat Mobi que parou ao seu lado. Dois executores desceram do carro e efetuaram diversos disparos causando sua morte. O veículo utilizado pelos criminosos foi roubado um mês antes na Rodovia Washington Luiz.

Após o homicídio, o veículo foi abandonado a 7 km do local na localidade Ponte Preta, próximo das comunidades Parada Angélica e Santa Lucia, onde os executores tentaram sem sucesso incendiá-lo utilizando uma garrafa de cachaça roubada em um comércio local.

Em julho deste ano foi comunicado o desaparecimento de Alexandre Teixeira da Cruz, conhecido como “Peixe”, que teria saído de casa e não retornou. O desaparecimento é investigado pela DHBF e denúncias apontam que ele teria sido morto na comunidade Parada Angélica, onde supostamente tinha envolvimento com o chefe do tráfico local, conhecido como “Bola”.

“Peixe” foi candidato a vereador nas duas últimas eleições. Na penúltima apoiou o atual prefeito eleito, quando perdeu as eleições. Ano passado apoiou o candidato derrotado, que era apoiado pelo prefeito que teria o mandato encerrado. Ele era suspeito de integrar grupo de extermínio, cometer homicídios e ter envolvimento com traficantes da comunidade Parada Angélica, onde mantinha acesso a atuação política, figurando também como suspeito de participação no homicídio de Renata Castro.

Renata Castro trabalhou em diferentes grupos políticos e colecionou inimigos, formalizando denúncias e ataques pessoais a adversários, sobretudo com postagens em redes sociais na época de campanha, colocando a motivação política como uma linha investigativa em destaque.

A DHBF deixa à disposição da população o telefone (21) 98596-7442 (WhatsApp), ressaltando a importância da colaboração com informações e denúncias. O anonimato é garantido.
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