Publicado 31/08/2021 12:08 | Atualizado 31/08/2021 12:20
Rio – Um levantamento feito pela companha de energia Light aponta que cerca de três mil clientes ficaram sem luz por causa de transformadores atingidos por tiros durante este ano. Além disso, casos de furto de cabos e de tampas de caixas subterrâneas, e até mesmo o roubo de transformadores inteiros, retirados diretamente da rede elétrica prejudicaram mais de 10 mil pessoas nos últimos 18 meses. Segundo a concessionária, os casos acontecem em toda a área de concessão da empresa, que abrange 31 municípios do Rio de Janeiro.
Neste ano, a empresa registrou 56 episódios de transformadores atingidos por tiros. Nestas situações, segundo a Light, o tempo de restabelecimento da energia é demorado, pois além de ser um serviço complexo, que demanda a troca do transformador danificado, os técnicos só podem atuar na região quando há condições de segurança.
Do início de 2020 até maio de 2021 mais de cinco quilômetros de cabos foram furtados da rede subterrânea. Foram registrados 870 casos, que deixaram cerca de 10 mil clientes sem energia. Em geral, o material é retirado para a extração do cobre, produto vendido em ferros-velhos. No mesmo período, 120 tampas de caixas subterrâneas também foram subtraídas. A empresa explica que, quando cabos são furtados, clientes ficam sem energia e a Light tem que mobilizar profissionais que poderiam atuar em outros atendimentos.
No início de agosto, cabos foram furtados na Rua Santa Clara, em Copacabana, na Zona Sl, deixando alguns prédios sem energia. A recomposição da rede elétrica foi complexa e demandou cerca de dez horas de trabalho. Para evitar que os clientes ficassem todo esse tempo sem energia, a Light acionou um gerador para suprir o fornecimento durante o serviço de reposição do material.
A companhia também registrou o furto de transformadores, que pesam em média 515 quilos e ficam a cerca de 6,5 metros de altura do solo nos postes. Desde o início de 2020, 16 equipamentos foram retirados diretamente da rede de distribuição de energia. Os casos aconteceram em Sepetiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e nos municípios de Itaguaí, Seropédica e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Quatis, Barra Mansa e Piraí, no Vale do Paraíba.
A empresa destaca que atua em parceria com o poder público e a polícia para coibir a ação de vândalos e identificar os criminosos. Inspeções diárias e rondas são realizadas, além de monitoramento por sistemas de proteção de câmaras subterrâneas, que contam com sensores de presença e alarmes de instrução em locais sensíveis. Além disso, a companhia também afirma que instalou trancas nos acessos às redes subterrâneas, a fim de evitar que as pessoas entrem pelas galerias, e substituiu boias de cobre, que controlam a entrada de água na galeria, por outras de fibra de vidro.
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