Publicado 08/09/2021 14:32
Rio - A sindicância em curso instaurada pela Prefeitura de Magé apurou que a vacina antirrábica aplicada em animais, no último sábado (4), em uma das 53 unidades de saúde da cidade, foi substituída por insulina para uso em humanos. Segundo a prefeitura, ao todo, 20 cachorros precisaram de atendimento veterinário, sendo que, 11 deles morreram e 1 continua internado. As denúncias tiveram início no sábado sobre possíveis reações de alguns animais à vacina antirrábica.
O município informou que vai arcar com todos os custos das clínicas veterinárias que realizaram o atendimento e os corpos dos animais serão encaminhados, nesta quarta-feira (8), o primeiro dia útil após o ocorrido, para necropsia, a fim de confirmar a causa da morte.
Segundo a Prefeitura de Magé, uma nova equipe técnica assumiu, nesta quarta-feira, a Unidade de Saúde da Família Britador, onde ocorreram os fatos, incluindo uma psicóloga e uma assistente social que estão realizando visitas psicossociais às famílias que perderam seus animais. Seis funcionários foram afastados do cargo, sendo: 1 uma coordenadora administrativa, 2 agentes comunitários de saúde e 3 agentes combate a endemias.
A prefeitura informou que já está em contato com a Secretaria Estadual de Saúde e tem uma reunião marcada para hoje com representantes do Ministério da Saúde.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 65ª DP (Magé) e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
Rio adia campanha de vacinação antirrábica
O município do Rio adiou o início da vacinação de cães e gatos contra a raiva. A campanha começaria no próximo sábado (11), mas com a reação pós-vacinal em animais de Magé, na Baixada Fluminense, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) decidiu esperar até saírem os resultados das análises e investigações dos casos.
No domingo (6), o presidente da Comissão dos Direitos dos Animais da Câmara do Rio, o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), encaminhou ofício ao secretário de saúde do município, Daniel Soranz, pedindo o adiamento da campanha de vacinação na cidade. O parlamentar argumentou que parte do lote da vacina, enviado pelo Ministério da Saúde para Magé, também foi enviado para a capital fluminense. Ramos Filho pretendia impedir que as primeiras 110 mil doses da vacina antirrábica fossem distribuídas no município, até que se confirmasse se o lote está ou não contaminado.
O vereador também encaminhou ofício ao secretário de saúde do estado, Alexandre Chieppe. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que foi comunicada sobre reação pós-vacinal de 30 cães de Magé, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), no domingo e relatou o ocorrido ao Ministério da Saúde no mesmo dia. O caso também é investigado pela SES.
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