Publicado 10/09/2021 16:11
Rio - Os réus Jéssica de Lima Silva, 26, e Dione da Silva Brito, 27, foram condenados a pena de 21 e 27 anos, respectivamente, pelo assassinato de Neiva Paula Mendonça dos Santos, esposa do amante da ré, no dia 5 de dezembro de 2017, em Araruama, na Região dos Lagos. O júri popular, realizado na última quinta-feira (9), no Fórum de Araruama, teve duração de 18 horas. O conselho de sentença foi formado por quatro homens e três mulheres e todas as decisões foram tomadas por maioria.
O Ministério Público e a assistência de acusação, representado pelo advogado criminalista Filipe Roulien, conseguiram comprovar que todas as declarações prestadas em sede policial continham elementos corroborantes e não eram apenas elementos isolados como queriam provar as defesas dos réus. "Durante o julgamento, foi devidamente provado que todos os depoimentos das testemunhas tinham um ponto de interseção: o carro da acusada foi citado por todas as pessoas que foram ouvidas no plenário", disse Roulien.
A ré Jéssica foi condenada pelo crime de homicídio duplamente qualificado pelo motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Já Dione foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por homicídio mercenário e impossibilidade de defesa da vítima. Felipe Roulien explicou ainda que Dione pegou uma pena maior do que a mandante do crime já que ele "é reincidente e tinha maus antecedentes".
Relembre o caso
Jéssica teria pagado a Dione da Silva o valor de R$ 1 mil e uma televisão de 40 polegadas para matar a vítima, pois não se conformava com o término da sua relação extraconjugal com o marido de Neiva. As investigações apontam que Jéssica procurou Dione em uma boca de fumo para acertar o crime. Ela não aceitava o fato do amante ter rompido com ela para reatar o casamento. Ainda de acordo com a apuração do assistente de acusação, Jéssica já tinha feito ameaças a Neiva, inclusive chegou a invadir a residência dela para afrontá-la, passando a confrontá-la na frente da sua família de forma constante.
No dia do crime, Dione abordou a vítima no portão de casa, quando ela retornava da escola com o filho, na época com 7 anos. Neiva entrou dentro de casa, deixou seu filho sozinho vendo televisão e disse que já voltava. Ela foi então levada para o lugar onde foi morta com um tiro no rosto, que atingiu a cervical e a levou a óbito.
No dia do crime, Dione abordou a vítima no portão de casa, quando ela retornava da escola com o filho, na época com 7 anos. Neiva entrou dentro de casa, deixou seu filho sozinho vendo televisão e disse que já voltava. Ela foi então levada para o lugar onde foi morta com um tiro no rosto, que atingiu a cervical e a levou a óbito.
Na época do crime, a Polícia Civil chegou aos suspeitos pelo crime quando descobriram que o carro de Neiva havia sido roubado. Os agentes localizaram o veículo estacionado no bairro onde Dione morava. A namorada do réu confirmou em depoimento que o veículo havia sido roubado durante uma fuga.
Dione só foi localizado dias depois do crime, em janeiro de 2018, quando foi preso por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Em depoimento, o suspeito, que já era investigado no inquérito que apurava o homicídio, confessou que matou Neiva a mando de Jéssica, que lhe ofereceu na época o valor R$ 2 mil. Como a mandante não conseguiu o valor, então deu R$ 1 mil em espécie e colocou a televisão como garantia do restante.
Dione só foi localizado dias depois do crime, em janeiro de 2018, quando foi preso por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Em depoimento, o suspeito, que já era investigado no inquérito que apurava o homicídio, confessou que matou Neiva a mando de Jéssica, que lhe ofereceu na época o valor R$ 2 mil. Como a mandante não conseguiu o valor, então deu R$ 1 mil em espécie e colocou a televisão como garantia do restante.
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