Publicado 16/09/2021 15:45
Rio - A Polícia Civil descobriu que escritórios de agiotagem do Estado do Rio terceirizaram o serviço de uma organização criminosa para poder realizar cobranças com violência. Este núcleo da quadrilha foi alvo da Operação Ábaco, deflagrada pela 76ª DP (Niterói), nesta quinta-feira. Trinta e quatro mandados de prisão foram cumpridos.
"A organização criminosa tinha finalidade de cometer extorsões. Foi descoberto no decorrer da investigação que os escritórios de agiotagem do Rio de Janeiro optaram por terceirizar a mão de obra criminosa mais agressiva, mais violenta", explicou o delegado Luís Henrique Marques, titular da distrital, durante coletiva de imprensa, na Cidade da Polícia.
De acordo com Marques, o objetivo desta fase da operação era prender os cobradores da quadrilha de agiotas. Embora alguns pequenos escritórios tenham sido alvo da ação desta quinta-feira, a origem do dinheiro e os responsáveis pelo dinheiro serão alvo da próxima fase.
"Essa fase não alcançou ainda os reais escritórios de agiotagem. As investigações irão continuar para identificador os outros núcleos responsáveis pelo dinheiro", declarou o delegado.
Marques orienta ainda como identificar se o escritório que realiza empréstimos é legal ou se trata de agiotagem. "Basicamente você tem que observar se o escritório é legalizado, a taxa de juros e a modalidade de cobrança. Então tem que se atentar a violência, juros abusivos e ilegalidade do escritório", esclareceu.
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