Publicado 23/09/2021 14:57
Rio - Policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira) descobriram que milicianos de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio, investiram R$ 2 milhões em criptomoedas. Os contratos de bitcoins foram apreendidos na manhã desta quinta-feira, durante a Operação Blood Money. Os documentos estavam na casa de Luiz Carlos Reis Príncipe, apontado como um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro do grupo paramilitar.
“Apreendemos contratos de aquisição de criptomoedas, no caso bitcoins, no valor de R$ 2 milhões. São indícios de que o dinheiro possa estar sendo lavado através dessas criptomoedas”, explicou o delegado Moyses Santana, titular da 18ª DP.
Os investimentos na moeda digital eram feitos através da GAS Consultoria Bitcoin, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins. Ele foi preso no mês passado durante a Operação Kryptos, da Polícia Federal.
Para os investigadores, essa foi uma tentativa dos milicianos de tentar despistar investigações da polícia a respeito de suas movimentações financeiras, feitas a partir do dinheiro arrecadado através de extorsões e exploração de atividades ilegais.
Segundo a polícia, relatórios de Inteligência Financeira apontaram vultuosas movimentações financeiras praticadas pelos investigados, assim como por outras pessoas, físicas e jurídicas, usadas na engrenagem criminosa, em curtíssimo período de tempo. As investigações indicam que os milicianos se utilizaram de diversas pessoas e empresas de fachada para tornar o dinheiro lícito, tendo se associado criminosamente aos demais investigados.
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