Publicado 26/09/2021 09:43
Rio - A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, construirá mais três quilômetros para uso exclusivo de bicicletas na Zona Oeste. Para voltar a incentivar os deslocamentos sustentáveis na cidade, um novo trecho vai interligar as ciclovias do Pontal e da Estrada dos Bandeirantes. O anúncio foi feito, neste sábado (25), pelo prefeito Eduardo Paes, o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, e a secretária de Transportes, Maína Celidonio.
"Aqui é um canto bucólico e querido da cidade, que a gente tem o desafio grande de cuidar e preservar. Que bom que tivemos a iniciativa de construir esse trecho da ciclovia, que vai trazer muitos benefícios para os moradores dessa região", disse o prefeito Eduardo Paes.
O edital está em fase de conclusão e o início das obras está previsto ainda para 2021. A construção do trecho é uma antiga reivindicação dos moradores locais. Ele fica na Avenida Vereador Alceu de Carvalho (conhecida como Estrada do Rio Morto) e tem três quilômetros de extensão, entre o Recreio e Vargem Grande.
Esta é mais uma ação do município para o cumprimento do Plano de Desenvolvimento Sustentável. No documento, a Prefeitura tem como meta quadruplicar as viagens de bicicleta até 2030. Com 458 quilômetros de ciclovias, a cidade está entre as três no país em maior extensão de malha cicloviária.
"Essa é uma obra simbólica e histórica para a população das Vargens, da Estrada do Pontal, do Recreio dos Bandeirantes. É um pedido muito antigo dos moradores. Um trecho já tinha sido feito e hoje conseguimos, finalmente, aportar os recursos e apresentar o projeto para terminar essa obra tão linda, que vai mudar a vida das pessoas aqui da região, que adoram andar de bicicleta", declarou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.
Rede de Mobilidade por Bicicleta
A construção do trecho faz parte da ampliação da Rede de Mobilidade por Bicicleta (RMB), publicada no Diário Oficial na última quarta-feira (22), que prevê 123 novos trechos de infraestrutura cicloviária na cidade, também propostos no Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do Município do Rio de Janeiro (PMUS – Rio).
"A gente se compromete em ter o plano cicloviário da cidade do Rio de Janeiro num prazo de 365 dias. A gente vai precisar muito da participação da sociedade civil para indicar quais são as prioridades e o que está faltando para executar esse plano nos próximos anos", afirmou a secretária de Transportes, Maína Celidonio.
O objetivo da ampliação da RMB é promover o uso da bicicleta como uma opção de locomoção acessível e sustentável para os deslocamentos urbanos, além de facilitar a conexão aos centros de bairros, a grandes equipamentos urbanos e, sobretudo, à rede de transportes.
A Rede de Mobilidade por Bicicleta prevê ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas, além de estacionamentos de bicicletas. O seu detalhamento contará com a participação da sociedade civil. Para viabilizar a expansão da infraestrutura cicloviária com segurança, em trajetos lineares, também estão previstas adequações de espaços urbanos e melhorias no sistema e sinalização.
A RMB está alinhada com a campanha global Cidades Pedaláveis – do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), na qual o município do Rio de Janeiro participa como uma das cidades líderes. O objetivo da campanha é ampliar e unificar importantes iniciativas ligadas à mobilidade por bicicleta, para garantir que esta se consolide como opção de transporte segura, acessível e com emissão zero. Para isto, as cidades líderes devem se empenhar em projetar e instalar infraestrutura, adotar políticas e destinar recursos para que as pessoas vivam perto de estruturas cicloviárias.
O presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Carlo Caiado, também esteve presente no evento.
Moradores elogiam iniciativa da Prefeitura
Morador de Vargem Grande, o marinheiro Adelcio Ferreira Mendes, de 59 anos, costuma se deslocar de bicicleta pelo bairro. Ele elogiou a iniciativa da Prefeitura de construir esse novo trecho de ciclovia.
"Eu não trafego de bicicleta aqui nas margens do Rio Morto devido ao risco de acidentes, o fluxo de veículos é muito grande e o trajeto fica perigoso. A nova ciclovia vai beneficiar os moradores da região porque é uma via muito utilizada pelas pessoas que usam o BRT e depois pegam suas bicicletas para voltar para casa".
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