Publicado 29/09/2021 12:43
Rio - Um dia após as comemorações de São Cosme e Damião, a CPI da Assembleia Legislativa do Rio recebeu denúncias da existência de uma campanha desencadeada por fanáticos religiosos contra a festa. Segundo o relator da CPI, deputado Átila Nunes (MDB), em alguns bairro do Rio, ocupantes de um carro abordaram crianças nas ruas tentando convencê-las a trocarem os saquinhos de doces com imagem dos Santos Cosme e Damião por saquinhos sem qualquer imagem.
"Um absurdo sem tamanho o que aconteceu. Isso precisa ser investigado. Essas pessoas alegam que 'a idolatria é condenada por Deus e todos aqueles que as realizam atraem maldição para si e para os seus descendentes, já que influências malignas que rondam o fim do mês de setembro'. Os grupos organizados de fanáticos percorrem as ruas dos subúrbios do Rio e se autodenominam ‘Combatentes da Idolatria’", lamentou o deputado Átila Nunes.
"Um absurdo sem tamanho o que aconteceu. Isso precisa ser investigado. Essas pessoas alegam que 'a idolatria é condenada por Deus e todos aqueles que as realizam atraem maldição para si e para os seus descendentes, já que influências malignas que rondam o fim do mês de setembro'. Os grupos organizados de fanáticos percorrem as ruas dos subúrbios do Rio e se autodenominam ‘Combatentes da Idolatria’", lamentou o deputado Átila Nunes.
De acordo com o deputado, o grupo se locomove em automóveis abordando as crianças, dizendo-lhes que os doces que carregam continuarão ‘endemoniados’, caso os invólucros não sejam trocados. As testemunhas contaram que quase todos os carros têm afixados um símbolo com a palavra fé, envolta num escudo atravessado por uma espada.
Nunes salientou que os grupos não usam de violência na abordagem, o que dificulta o registro na polícia, mas o assédio despertou temor nas crianças, que acabaram cedendo e trocando os saquinhos de doces com imagens dos santos pelos outros.
"Esses preconceituosos ignoram o Evangelho de Mateus: 'O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai'. Na CPI, estamos atentos e apurando todos esses casos de intolerância religiosa no Estado. Precisamos de mais políticas públicas específicas para combater esse tipo de preconceito", completou.
Nunes salientou que os grupos não usam de violência na abordagem, o que dificulta o registro na polícia, mas o assédio despertou temor nas crianças, que acabaram cedendo e trocando os saquinhos de doces com imagens dos santos pelos outros.
"Esses preconceituosos ignoram o Evangelho de Mateus: 'O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai'. Na CPI, estamos atentos e apurando todos esses casos de intolerância religiosa no Estado. Precisamos de mais políticas públicas específicas para combater esse tipo de preconceito", completou.
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