Publicado 30/09/2021 16:19
Rio - O governador do Rio, Cláudio Castro, participou, nesta quinta-feira (30), da inauguração da primeira usina termelétrica a gás natural do Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense, a UTE GNA I. O evento também contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Vinicius Farah. Com investimento de aproximadamente R$5 bilhões, o empreendimento, pertencente à Gás Natural Açu (GNA), gerou 12 mil empregos ao longo das obras.
Maior usina a gás natural em operação no Sudeste e segunda maior do Brasil, a GNA I tem capacidade instalada de 1.338 MW, energia suficiente para abastecer 6 milhões de residências. A termelétrica vai contribuir para a segurança energética do Sistema Interligado Nacional em um momento de crise do setor.
"Hoje é um dia de muita alegria. Já é possível enxergar claramente a recuperação de nosso estado, e a inauguração da GNA é mais uma prova de que o Rio de Janeiro está saindo desse momento difícil. Este empreendimento já é um dos maiores do país e um orgulho para o estado", afirmou o governador.
Com operação em ciclo combinado, a UTE conta com, aproximadamente, 30% de eficiência energética, resultando em menor consumo de gás e menor emissão energética, garantindo o fornecimento de energia elétrica de base estável e segura, de forma a complementar a expansão de fontes renováveis do país.
"Aqui em São João da Barra está o exemplo de como o trabalho, a confiança e a força desses agentes têm trazido resultados para transformar o nosso país em um lugar cada dia melhor para todos os brasileiros", disse o ministro. Para o secretário Vinícius Farah, a entrada em operação da usina é um marco que comprova o pioneirismo e o protagonismo do estado no setor de energia.
“O desenvolvimento estratégico do hub de gás no Porto do Açu já está atraindo indústrias de uso intensivo de gás que irão utilizar a retroárea do porto e possibilitar a reindustrialização do estado. Além disso, possibilita a aceleração de projetos de energia renovável e de baixo carbono que pretendemos atrair para o Rio de Janeiro nos próximos anos”, declarou Farah.
Na cerimônia, o diretor-presidente da GNA, Bernardo Perseke, anunciou o início das obras de uma nova usina, a GNA II. Com 1.672 MW de capacidade instalada, o suficiente para suprir quase 8 milhões de residências, essa será a maior usina termelétrica do Brasil. A previsão é de mais de R$5 bilhões de investimentos, e a geração de mais de 5,5 mil empregos diretos no pico da construção, com prioridade para a mão de obra local.
“Colocar em prática um projeto como a GNA I, no tempo que fizemos, demandou intensa articulação nas esferas federal, estadual e municipal. Conseguimos estabelecer uma relação de confiança com vários agentes, que entenderam a importância deste projeto. Aproveito aqui também para anunciar o início das obras da GNA 2, que vai gerar 1.700 MW. As duas usinas, serão juntas, o maior complexo de gás da América Latina, suficiente para abastecer 14 milhões de residências”, disse Perseke.
Juntas, a UTE GNA I e a UTE GNA II integrarão o maior parque de geração a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada, o equivalente ao consumo dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Os planos de expansão da GNA contemplam ainda gasodutos terrestres e uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), atualmente em fase de licenciamento.
“O Porto do Açu é o maior empreendimento do país para os próximos anos, não só um empreendimento portuário, ou simplesmente de óleo e gás. É um empreendimento que vai fazer o Rio, definitivamente, entrar como protagonista em logística, além de ter um papel ainda mais importante nas exportações”, ressaltou Castro.
A inauguração da GNA I ainda contribuirá para a atração de indústrias intensivas em gás no Porto do Açu, fundamental para impulsionar a industrialização no terminal, e para acelerar os negócios de baixo carbono nos próximos anos. Maior complexo porto-indústria de águas profundas da América Latina e com localização estratégica, o Açu possibilitará a expansão nos próximos anos do hub de gás e energia do estado do Rio e do Brasil a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre os setores de gás, elétrico e industrial.
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