O diretor presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini Divulgação
Publicado 03/10/2021 08:00
Rio - Fornecer água tratada para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90% das residências de 27 cidades, incluindo 124 bairros do Centro e das Zonas Sul e Norte da capital do Rio. Essa é a missão da Águas do Rio, empresa da Aegea Saneamento, que assume as operações de distribuição da Cedae, com investimento na casa dos R$ 19 bilhões nos primeiros 12 anos de concessão e R$ 24,4 no período total, valor que vai além da universalização dos serviços e promete contribuir também para o meio ambiente.

"A Águas do Rio veio para assumir o protagonismo no processo de retomada do desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro. Não só pelo valor da outorga pago a cada município e para o Estado, que gira em torno de R$ 15 bilhões, mas, principalmente, pelos investimentos que serão feitos de recuperação ambiental, recuperação do sistema e melhora da qualidade de vida das pessoas. Então todo esse arcabouço de melhorias virá a reboque do início da operação da empresa. Com isso, sem dúvida, acreditamos que o protagonismo da retomada do desenvolvimento do estado vai passar, sim, pela Águas do Rio", projeta o diretor presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini.

A Águas do Rio venceu o leilão dos blocos 1 e 4 da Cedae e assinou, no último dia 11 de agosto, o contrato de concessão. Com isso, a empresa de saneamento assume a distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto em 27 cidades, incluindo a Baixada Fluminense, e bairros do Centro, Zona Sul e Zona Norte da capital.

Um dos primeiros investimentos previstos pela empresa, segundo o diretor da Águas do Rio, já está em funcionamento e foi implantado nesses primeiros dois meses de assinatura do contrato.

"Nós já temos monitorados, online, em tempo real, mais de 1 mil pontos de pressão em todo o sistema de abastecimento do Rio de Janeiro, que já foi implantado. Gastamos nisso cerca de R$ 10 milhões de reais, para implantar o que a gente chama de Centro de Operações Integradas, onde vamos ter de dentro de uma sala a visão de tudo que está acontecendo no Estado do Rio de Janeiro, na nossa área de concessão. Em termos de pressão, vazão, nível de reservatórios, uma série de informações", explica.

As áreas de comunidades, cuja estrutura nem sempre atende a condição necessária para instalação de redes de saneamento também terão atenção especial, afirma Bianchini. De acordo com ele, serão aplicados R$ 1,2 bilhão em obras de áreas não urbanizadas. "Entendemos que somos uma empresa privada, mas sabemos que prestamos um serviço público, então dessa forma precisamos ter um compromisso social”, comenta.

O foco no social também passará pela ampliação da cobrança da tarifa social. Um levantamento feito pela própria Águas do Rio indicou que a taxa para pessoas sem condição de pagar a tarifa padrão é aplicada para menos de 1%, enquanto espera-se que 5% se enquadrem nas condições.

“Essa é a população que precisa da tarifa social. Não é uma questão de desejo da empresa. É uma questão de necessidade das pessoas. Temos de forma muito clara que as pessoas querem água em quantidade, de qualidade e com preço adequado a sua condição de pagamento. Quando isso acontece, a população enxerga a empresa como parceira e é dessa forma que queremos atuar”, explica.
Para atingir a meta de levar abastecimento regular de água tratada a 99% e o fornecimento de saneamento básico a 90% de toda população, a empresa promete investir na manutenção das estruturas já existentes da Cedae e na construção de novos equipamentos, como adutoras, elevatórias, extensões de rede e reservatórios. Contudo, Bianchini reforça que será necessário uma união de todos em prol desse objetivo.

“Não há distinção para nós, tanto interior, quanto Rio de Janeiro, quando Baixada e São Gonçalo. Até os 12 anos, nós temos que estar, sem distinção, com 90% do esgoto tratado. Mas precisamos, precisamos muito, mobilizar toda a população e da ajuda do governo do estado, do município, do Ministério Público, ou seja, uma grande união para promover a conscientização do uso correto de todo esse equipamento”, pontua.

Meio ambiente

Outro grande objetivo da Águas do Rio é a contribuição para a recuperação ambiental da Baía de Guanabara e da Bacia do Rio Guandu. Para isso, a empresa promete construir coletores de esgoto em toda a extensão da baía e do rio. A ideia é formar “cinturões” que vão preservar a região do despejo diário de milhões de litros de esgoto nas águas. Nesse projeto, que já deve dar resultados nos primeiros cinco anos, serão investidos R$ 2,7 bilhões.

"Queremos que essa joia que é a Baía de Guanabara volte a ter vida. O carioca olha muito para o mar, mas queremos fazer ele voltar os olhos para a baía", explica o diretor presidente da Águas do Rio.

Empregos

A Águas do Rio promete ainda gerar 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos. Sendo 3 mil vagas desse total, destinadas exclusivamente para moradores de comunidades do Rio de Janeiro. “Estamos oferecendo não só uma chance de emprego, mas uma oportunidade de carreiras, com chance de crescimento”, explicou o presidente.

Para acessar as oportunidades, em quase todos os níveis, o candidato deve acessar o site: https://conteudo.gruposeres.com.br/aguas-do-rio.
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