"Hoje é dia de mobilização nacional e a turma boa já está nas ruas do Rio", diz Ciro Gomes em postagem no Twitter.Reprodução/Twitter
Publicado 02/10/2021 14:35
Único presidenciável a comparecer ao ato contra o presidente Jair Bolsonaro no Rio, o pedetista Ciro Gomes afirmou em discurso aos manifestantes que é preciso "tirar Arthur Lira da inércia" para fazer o impeachment avançar. O presidente da Câmara, deputado pelo Progressistas de Alagoas, nunca decidiu sobre os mais de cem pedidos de impedimento do chefe do Executivo que chegaram à Casa. Cabe a Lira decidir, monocraticamente, pela abertura - ou não - da ação por crime de responsabilidade.
"Precisamos tirar Arthur Lira da inércia. Isso só vai acontecer com luta, com nosso povo organizado, deixando nossas diferenças para depois", disse no palco montado na Cinelândia, centro da cidade.
Diante dele, havia um boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os dizeres "Lula livre". O petista, que é líder das pesquisas de intenção de voto para presidente, tem sido alvo de críticas de Ciro. Mas não foi citado por ele neste sábado, 2. Quando o Estadão entrevistou o pedetista antes de subir ao palco, ele disse que o foco do dia é o combate a Bolsonaro.
Ciro defendeu uma ampla frente anti-Bolsonaro, com o centro e a "direita democrática", e citou a crise econômica e social do País, "a maior da historia". Também citou a complexidade de um processo de impeachment, que tem caráter político.
"Impeachment não é remédio para governo ruim, para governo desastrado", declarou na entrevista. "Impeachment é uma punição, prevista pelo estado de direito democrático, para o cometimento doloso, ou seja, de caso pensado, de crime de responsabilidade. O cometimento criminoso é jurídico, mas o julgamento é político. E, para julgar Bolsonaro, nós precisamos tirar o (Arthur) Lira da inércia."
Além de Ciro, participaram do palco da manifestação os deputados federais Alessandro Molon e Marcelo Freixo, do PSB, Jandira Feghali, do PCdoB, Talíria Petrone, do PSOL, Benedita da Silva, do PT, e outras lideranças desses partidos. Eles pregam a união dos partidos para derrotar Bolsonaro. "Seja no impeachment ou nas eleições de 2022", como afirmou Molon.
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