Publicado 12/10/2021 09:27
Rio - O Cristo Redentor estava longe, mas se fez presente de coração, literalmente, na festa de aniversário de 90 anos. Por conta do mau tempo, as celebrações foram transferidas do alto do Corcovado para a Catedral Metropolitana do Rio, no Centro. A solução foi levar ao altar uma réplica do coração do monumento, construído em pedra sabão, o mesmo material do original.
A escultura carrega o nome das pessoas que auxiliaram a construção do Cristo Redentor, inaugurado em 1931. À época, o cardeal Sebastião Leme, maior incentivador da construção, criou uma rede de apoiadores e patrocinadores para a ideia sair do papel. Noventa anos e alguns reparos depois, o monumento, uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo, segundo escolha da UNESCO, em 2007, segue imponente no alto do Corcovado.
"Quando o cardeal Leme começou o círculo católico para angariar fundos para o Cristo Redentor, tivemos parceiros de boa vontade para conservar o que ele é hoje. A restauradora disse, esses dias, que para um monumento de 90 anos, ele está muito bem conservado. Foi construído em bases firmes e fortes", afirmou o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, durante a missa. A celebração teve a colunista do DIA Gardênia Cavalcanti como mestre de cerimônia.
O padre Omar Raposo, reitor do Santuário do Cristo Redentor e também colunista do DIA, falou sobre o monumento como símbolo do acolhimento carioca.
"O Cristo nos inspira mais e mais a boas práticas, ao acolhimento e ao desenvolvimento de nossa cidade, estado e país. O Cristo de braços abertos evidencia um país de braços abertos, e também quer indicar novos caminhos, ser receptor de grandes luzes", comentou padre Omar.
A comemoração teve a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do governador do estado Cláudio Castro, e do comandante militar do Leste, José Eduardo Pereira.
Selos e medalhas comemorativas
Os Correios anunciaram o lançamento de três selos em homenagem ao Cristo Redentor, composto pelo artista Oskar Metsavaht. Os selos foram feitos a partir de fotografias do Cristo em diferentes ângulos da cidade.
Já a Casa da Moeda lançou, em edição limitada, uma medalha comemorativa em alusão ao aniversário do Cristo. Foram produzidas 90 medalhas em ouro (R$ 3.700), 200 medalhas em prata (R$ 647), 300 medalhas em bronze (R$ 145) e 2.000 medalhas em cuproníquel (R$ 60). Antes da missa, o presidente da Casa da Moeda, Hugo Cavalcante Nogueira, e o arcebispo Dom Orani realizaram a quebra de cunho, que confirma a limitação da confecção da medalha.
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