Publicidade

Jacarezinho: 'Policiais ultrapassaram o limite e cometeram homicídio', diz promotor do MP sobre denunciados

Agentes foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso e fraude processual, pela Força-Tarefa que foi criada para investigar a ação policial

Ministério Público do Rio abre investigação sobre mortes no JacarezinhoCleber Mendes/Agência O Dia
Publicado 15/10/2021 18:12
Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) avaliou que não houve legítima defesa por parte dos policiais civis Douglas Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira Pereira, durante uma das mortes dos 27 suspeitos de tráfico de drogas na Operação do Jacarezinho, em maio deste ano. Os agentes foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso e fraude processual, pela Força-Tarefa que foi criada para investigar a ação policial. Para o promotor André Luís Cardoso, coordenador da força-tarefa, os policiais passaram dos limites. "Os policiais ultrapassaram o limite e cometeram homicídio", afirmou Cardoso.
De acordo com o MP, não teria acontecido nenhuma resistência por parte de Omar Pereira da Silva, que foi morto no quarto de uma criança. "Provas técnicas e depoimentos não corroboram não autorizam concluir que houve contexto de legítima defesa em momento algum", explicou o promotor Matheus Picanço.
Para o MP, além dos depoimentos de testemunhas, as fotografias dando conta do cenário desmentem a versão contada pelos agentes durante seus depoimentos à Policia Civil.
"A arma apresentada por eles, por exemplo, só aparece em sede policial, mas essa arma não existe para o perito no local, mas a granada foi mantida. Ai tem aquela coisa, de que a granada só o esquadrão antibombas pode retirar por conta do risco de explosão, mas ela foi retirada. A granada caprichosamente tangencia o arraste do corpo. Se o negócio é preservar, não nos parece que aquilo ali estava lá desde sempre", explicou Picanço.
O promotor contou ainda que o depoimento dos presos envolvidos na mesma ocorrência também ajudou a esclarecer o caso.
"A gente também confrontou os presos que disseram que ajudaram no socorro do cadáver, os policiais recusam essa versão, mas na denúncia a gente conseguiu uma fotografia de um preso aos pés da vítima com o lacre da algema rompido, dando conta que, se ele não caclass="facebook">
  • Ministério Público do Rio abre investigação sobre mortes no JacarezinhoCleber Mendes/Agência O Dia
    Publicado 15/10/2021 18:12
    Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) avaliou que não houve legítima defesa por parte dos policiais civis Douglas Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira Pereira, durante uma das mortes dos 27 suspeitos de tráfico de drogas na Operação do Jacarezinho, em maio deste ano. Os agentes foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso e fraude processual, pela Força-Tarefa que foi criada para investigar a ação policial. Para o promotor André Luís Cardoso, coordenador da força-tarefa, os policiais passaram dos limites. "Os policiais ultrapassaram o limite e cometeram homicídio", afirmou Cardoso.
    De acordo com o MP, não teria acontecido nenhuma resistência por parte de Omar Pereira da Silva, que foi morto no quarto de uma criança. "Provas técnicas e depoimentos não corroboram não autorizam concluir que houve contexto de legítima defesa em momento algum", explicou o promotor Matheus Picanço.
    Para o MP, além dos depoimentos de testemunhas, as fotografias dando conta do cenário desmentem a versão contada pelos agentes durante seus depoimentos à Policia Civil.
    "A arma apresentada por eles, por exemplo, só aparece em sede policial, mas essa arma não existe para o perito no local, mas a granada foi mantida. Ai tem aquela coisa, de que a granada só o esquadrão antibombas pode retirar por conta do risco de explosão, mas ela foi retirada. A granada caprichosamente tangencia o arraste do corpo. Se o negócio é preservar, não nos parece que aquilo ali estava lá desde sempre", explicou Picanço.
    O promotor contou ainda que o depoimento dos presos envolvidos na mesma ocorrência também ajudou a esclarecer o caso.
    "A gente também confrontou os presos que disseram que ajudaram no socorro do cadáver, os policiais recusam essa versão, mas na denúncia a gente conseguiu uma fotografia de um preso aos pés da vítima com o lacre da algema rompido, dando conta que, se ele não carregou, os policiais também não disseram porque em algum momento romperam o lacre daquela pessoa que estava algemada", falou.
    Leia mais

    Você pode gostar

    Comentários

    Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.

    Publicidade

    Últimas notícias