Justiça acata denúncia do MPRJ e engenheiro irá a julgamento popular pelo homicídio qualificado da juíza Viviane Vieira do Amaral ArronenziReprodução
Publicado 30/10/2021 20:00
Rio - Os desembarcadores da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decidiram, por unanimidade, negar o pedido da defesa do engenheiro Paulo Jose Arronenzi, de 52 anos, para retirar a qualificação de “meio cruel” da sua acusação. A classificação pode aumentar a pena do réu caso seja condenado por matar, a facadas, sua ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, de 45, em dezembro do ano passado. As informações são da TV Globo.
Em junho deste ano, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, titular da 3ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto ao III Tribunal do Júri da Capital.
De acordo com a decisão do juiz, os indícios sugerem que o crime foi cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Alexandre Abrahão também destacou que o crime foi de feminicídio. A expectativa é que o julgamento, por júri popular, ocorra ainda este ano.

Lembre o caso
Viviane foi morta na frente das três filhas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo informações da Polícia Militar, o caso ocorreu por volta das 18h, no dia 24 de dezembro de 2020. Segundo o laudo cadavérico e de acordo com o depoimento das testemunhas, a juíza foi esfaqueada, caiu no chão e o engenheiro continuou com os golpes. Ele foi preso logo após o crime.
De acordo com a Guarda Municipal, agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque de Barra, quando foram acionados para ajudar a vítima. No local, encontraram a mulher caída e desacordada. Na ocasião, o criminoso recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e posteriormente conduzido para a delegacia.
Segundo a Polícia Civil, Viviane havia feito um registro de ameaça e lesão corporal contra o ex-marido em setembro. Na época, ela chegou a ter escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), mas logo pediu a suspensão.
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