Publicado 09/11/2021 17:57
Rio - A Escola Municipal Professor Wan-tuyl da Silva Cardoso, em Padre Miguel, tem sido alvo constante de invasões e furtos. Somente na última semana, criminosos entraram na unidade em duas ocasiões e levaram TVs de LCD, projetor de imagem, notebooks, uma bomba para o abastecimento de água e cabos de fiação elétrica, o que afetou o fornecimento de energia para a cozinha da unidade. Com isso, a escola deixou de servir refeições e as crianças estão sendo liberadas mais cedo.
"O muro da escola é muito baixo, qualquer um pode pular. Sempre invadiram no fim de semana. Mas antes era para brincar, jogar futebol na quadra. Agora invadem para roubar. Temos medo que façam alguma coisa quando nossos filhos estiverem lá dentro. Não há nenhuma segurança", diz Luciana Fernandes, de 31 anos, mãe de um aluno, de 9 anos, que estuda no 4º ano.
Nesta segunda-feira, houve uma reunião na escola com os responsáveis pelos alunos. Segundo mães que participaram do encontro, a direção informou que o furto dos cabos de energia e da bomba de água impossibilitam o funcionamento da cozinha.
"O muro da escola é muito baixo, qualquer um pode pular. Sempre invadiram no fim de semana. Mas antes era para brincar, jogar futebol na quadra. Agora invadem para roubar. Temos medo que façam alguma coisa quando nossos filhos estiverem lá dentro. Não há nenhuma segurança", diz Luciana Fernandes, de 31 anos, mãe de um aluno, de 9 anos, que estuda no 4º ano.
Nesta segunda-feira, houve uma reunião na escola com os responsáveis pelos alunos. Segundo mães que participaram do encontro, a direção informou que o furto dos cabos de energia e da bomba de água impossibilitam o funcionamento da cozinha.
"Não podem ligar os refrigeradores e não tem como conservar os alimentos. E sem água não dá para cozinhar. A cozinha está no escuro", contou Ivanilda de Souza, de 70 anos, avó de um aluno, na saída do turno da manhã, nesta terça-feira.
Ela também teme pela segurança das crianças:
"Elas correm risco de vida. Não se sabe o que eles podem fazer com as crianças. Essas pessoas são capazes de tudo. Eles estão entrando e assaltando mesmo. Vai dar uma semana, um mês, vão voltar e levar tudo de novo".
A Escola Municipal Professor Wan-tuyl da Silva Cardoso, que fica na Rua Olímpia Esteves, tem dois turnos. Devido aos furtos que afetam o funcionamento da unidade, eles passam a funcionar agora com carga horária de três horas por dia.
"Foi dito para a gente que o horário reduzido será até o fim do ano letivo. Quando a diretora falou que iria parar de servir almoço, teve mãe chorando. Foi muito triste. Graças a Deus eu tenho como dar almoço ao meu filho, mas tem mães ali que não têm condições. Teve uma que se desesperou. Ela disse que, no fim do mês, não tem um saco de arroz na dispensa de casa", relata uma mãe de um aluno do 4º ano, que pediu para não ser identificada.
Ela conta que as invasões à escola são constantes:
"Isso sempre aconteceu, porque até uma criança pula o muro da escola. Entram lá e fazem de tudo. Já encontraram até preservativos na quadra de esportes".
Depois de mais de um ano de aulas presenciais interrompidas, Luciana acredita que a redução de aulas na escola irá prejudicar ainda mais o aprendizado de seu filho:
"Ainda mais no meu caso e de tantas outras mães que estão desempregadas. Nós não temos condições de pagar uma explicadora. Não posso deixar de comprar comida para pagar por isso. Meu filho está tendo a revisão do ano passado e as matérias deste ano, tudo ao mesmo tempo. Agora, com aulas reduzidas, não sei se ele vai aprender alguma coisa".
O DIA confirmou três registros de furto na 34ª DP (Bangu), feitos pela direção da escola. As queixas foram prestadas nos dias 22 de outubro e 3 e 4 de novembro. Nas três ocasiões foram furtados cabos de energia elétrica, além das TVs, do projetor, da bomba de água e dos notebooks.
A Polícia Civil informou que as investigações dos furtos estão em andamento na 34ª DP, que colheu o depoimento dos responsáveis pela escola. Segundo a Polícia Civil, os agentes buscam imagens de câmeras de segurança instaladas nas proximidades para identificar a autoria dos crimes.
"Praticamente todo mês invadem e levam alguma coisa. Na reunião de segunda-feira mesmo a diretora estava imprimindo documentos na impressora da filha, que trouxe de casa. A da escola foi furtada", diz uma mãe de aluno, que pede para não ser identificada.
Segundo a PM, rondas são feitas diariamente no entorno das escolas, durante e após o horário de funcionamento, e o patrulhamento é constantemente readequado de acordo com dados das ocorrências criminais. De acordo com a PM, o comando do 14º BPM (Bangu) se reúne mensalmente com as direções das escolas para ouvir as demandas das unidades.
A PM destacou ainda que, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), houve queda de 35,6% de furtos na área do 14ºBPM, no comparativo entre o mês de setembro deste ano e o mesmo período do ano passado.
A reportagem também procurou a Secretaria municipal de Educação (SME), mas ainda não obteve resposta.
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