Publicado 17/11/2021 16:58
Rio - A Prefeitura do Rio voltou atrás sobre a liberação do uso de máscaras em academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento físico e pistas de patinação, publicada em decreto no Diário Oficial na manhã desta quarta-feira (17). A medida aconteceu após a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informar que não vai flexibilizar o uso de máscaras em ambientes fechados. De acordo com uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em casos de discordância entre as esferas municipal e estadual, a regra mais restritiva prevalece.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, levando em consideração a resolução da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que mantém a obrigatoriedade do uso em ambientes fechados, o decreto municipal "somente entrará em vigor após nova medida do Governo do Estado que permita a flexibilização nesses locais."
O texto da prefeitura previa ainda que os espaços devem poder garantir que todos os ocupantes estejam completamente vacinados. Os frequentadores de 15 até 59 anos devem apresentar a comprovação com a 2ª dose ou dose única e pessoas acima de 60 anos devem comprovar a aplicação da dose de reforço. A decisão também flexibilizava o decreto publicado na última sexta-feira (12) que mantém obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados. Atualmente, as máscaras são opcionais em ambientes abertos e sem aglomeração.
Apesar da queda sustentável nos indicadores epidemiológicos e assistenciais da covid-19, os técnicos da vigilância estadual e o grupo de especialistas do Estado do Rio entendem que a imunidade coletiva ainda não atingiu os patamares necessários para retirada de máscaras em locais fechados. "Nesses ambientes, o risco de contaminação pela doença ainda é muito alto, uma vez que o coronavírus é transmitido pelo ar", diz a Secretaria Estadual de Saúde. A decisão do Estado do Rio vai ao encontro de especialistas ouvidos pelo DIA, que consideram a liberação do uso da máscaras nas academias precipitada.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, levando em consideração a resolução da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que mantém a obrigatoriedade do uso em ambientes fechados, o decreto municipal "somente entrará em vigor após nova medida do Governo do Estado que permita a flexibilização nesses locais."
O texto da prefeitura previa ainda que os espaços devem poder garantir que todos os ocupantes estejam completamente vacinados. Os frequentadores de 15 até 59 anos devem apresentar a comprovação com a 2ª dose ou dose única e pessoas acima de 60 anos devem comprovar a aplicação da dose de reforço. A decisão também flexibilizava o decreto publicado na última sexta-feira (12) que mantém obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados. Atualmente, as máscaras são opcionais em ambientes abertos e sem aglomeração.
Apesar da queda sustentável nos indicadores epidemiológicos e assistenciais da covid-19, os técnicos da vigilância estadual e o grupo de especialistas do Estado do Rio entendem que a imunidade coletiva ainda não atingiu os patamares necessários para retirada de máscaras em locais fechados. "Nesses ambientes, o risco de contaminação pela doença ainda é muito alto, uma vez que o coronavírus é transmitido pelo ar", diz a Secretaria Estadual de Saúde. A decisão do Estado do Rio vai ao encontro de especialistas ouvidos pelo DIA, que consideram a liberação do uso da máscaras nas academias precipitada.
"Estamos indo bem, mas uma precipitação pode colocar tudo a perder e perder significa pessoas morrendo", afirmou o ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Hermano Castro.
"Precisamos lembrar que academias não têm a franca renovação de ar natural. São espaços fechados com ar-condicionado, onde as pessoas, pela própria atividade física, têm a frequência respiratória aumentada", ressaltou a pesquisadora em Saúde e membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ, Chrystina Barrros.
De acordo com a atualização das 8h36 desta quarta-feira (17) do Vacinômetro, já foram aplicadas 24.205.734 de doses de vacina contra a covid-19 no estado, sendo 12.858.653 primeiras doses, 9.568.166 segundas doses, 362.101 doses únicas, além de 1.416.814 doses de reforço. Até o momento, 67% da população com 12 anos ou mais do estado já recebeu as duas doses ou a dose única.
Na capital fluminense, a atualização das 16h30 do Painel Rio Covid-19 mostra que a cidade já aplicou 11.898.418 de doses contra a doença, das quais 5.789.874 são primeiras doses, 4.968.488 segundas doses, 144.013 doses únicas e 996.043 doses de reforço. Ao todo, 75,8% da população total carioca já completou o esquema vacinal com as duas doses.
Na capital fluminense, a atualização das 16h30 do Painel Rio Covid-19 mostra que a cidade já aplicou 11.898.418 de doses contra a doença, das quais 5.789.874 são primeiras doses, 4.968.488 segundas doses, 144.013 doses únicas e 996.043 doses de reforço. Ao todo, 75,8% da população total carioca já completou o esquema vacinal com as duas doses.
A reportagem do DIA ouviu frequentadores de uma academia do bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio, sobre a medida. O porteiro João Gonçalves Francelino, de 42 anos, contou que mesmo que não houvesse o impedimento do Governo do Estado, ele continuaria usando máscara, já que acredita que o momento atual ainda é de cuidados com o contágio e a transmissão da covid-19.
"Eu acho que todo cuidado ainda é pouco nesse momento louco que a gente está vivendo. Está tudo uma bagunça sem controle, o prefeito quer uma coisa, o governador quer outra, o presidente outra, cada um rema para um lado. Eu, particularmente, vou continuar tomando os meus cuidados. Dependendo do que eu venha fazer nas minhas atividades, a máscara não me atrapalha, então vou continuar usando", afirmou o porteiro.
Para o psicólogo Alexander Motta de Lima, de 32 anos, a liberação ainda é precipitada. Ele acredita que os impasses entre as esferas municipal e estadual nas decisões relacionadas ao novo coronavírus podem provocar confusão na população.
"Parece que está tendo uma disputa de governos, cada governo tenta uma coisa, faz um decreto diferente, e eu acho que isso confunde a população. Acho que não é o momento de fazer a liberação, tem que ser mais gradual. Apesar da gente ter uma melhora nas estatísticas de morte, os casos ainda são altos, então eu ainda não acho que seja o momento. Para mim, ser intubado, saber da morte de alguém, incomoda mais do que usar máscara", declarou o psicólogo.
A estudante Luana Gabreira, de 27 anos, afirmou que vai manter o uso de máscara quando estiver na academia. A jovem afirmou que pretende continuar com os cuidados contra a doença para proteger a si mesma e aos seus familiares.
"No estado atual do nosso país, eu acho que não deveria liberar tão cedo, em nenhuma hipótese. Por mais que eles liberem, a gente tem consciência de que não passou, não acabou. Aqueles que são conscientes, provavelmente vão continuar com os seus cuidados. Eu tenho uma mãe idosa, um irmão com síndrome de Down, tenho a minha avó, também. Não é só por mim, é pelos meus. Por mais que eu já esteja com a segunda dose, vá tomar a terceira dose, eu não vou me arriscar e não vou arriscar a minha família."
O publicitário Bernardo Maia, de 26 anos, defendeu que cada pessoa tem liberdade para fazer suas próprias escolhas. Entretanto, ele relatou que vai continuar fazendo uso da máscara na academia, já que ainda não se sente seguro para ficar em ambientes fechados sem o equipamento de proteção.
"A gente tem que estar muito seguro de poder sair de casa. Então, eu acho que derrubar o uso de máscara nesse momento, ainda não é legal. Eu acho que a gente deve continuar. Cada um faz aquilo que se sente bem, cada cabeça uma sentença. Mas se tivesse derrubado, eu continuaria usando máscara, porque eu me sinto mais seguro", disse o publicitário.
"Eu acho que todo cuidado ainda é pouco nesse momento louco que a gente está vivendo. Está tudo uma bagunça sem controle, o prefeito quer uma coisa, o governador quer outra, o presidente outra, cada um rema para um lado. Eu, particularmente, vou continuar tomando os meus cuidados. Dependendo do que eu venha fazer nas minhas atividades, a máscara não me atrapalha, então vou continuar usando", afirmou o porteiro.
Para o psicólogo Alexander Motta de Lima, de 32 anos, a liberação ainda é precipitada. Ele acredita que os impasses entre as esferas municipal e estadual nas decisões relacionadas ao novo coronavírus podem provocar confusão na população.
"Parece que está tendo uma disputa de governos, cada governo tenta uma coisa, faz um decreto diferente, e eu acho que isso confunde a população. Acho que não é o momento de fazer a liberação, tem que ser mais gradual. Apesar da gente ter uma melhora nas estatísticas de morte, os casos ainda são altos, então eu ainda não acho que seja o momento. Para mim, ser intubado, saber da morte de alguém, incomoda mais do que usar máscara", declarou o psicólogo.
A estudante Luana Gabreira, de 27 anos, afirmou que vai manter o uso de máscara quando estiver na academia. A jovem afirmou que pretende continuar com os cuidados contra a doença para proteger a si mesma e aos seus familiares.
"No estado atual do nosso país, eu acho que não deveria liberar tão cedo, em nenhuma hipótese. Por mais que eles liberem, a gente tem consciência de que não passou, não acabou. Aqueles que são conscientes, provavelmente vão continuar com os seus cuidados. Eu tenho uma mãe idosa, um irmão com síndrome de Down, tenho a minha avó, também. Não é só por mim, é pelos meus. Por mais que eu já esteja com a segunda dose, vá tomar a terceira dose, eu não vou me arriscar e não vou arriscar a minha família."
O publicitário Bernardo Maia, de 26 anos, defendeu que cada pessoa tem liberdade para fazer suas próprias escolhas. Entretanto, ele relatou que vai continuar fazendo uso da máscara na academia, já que ainda não se sente seguro para ficar em ambientes fechados sem o equipamento de proteção.
"A gente tem que estar muito seguro de poder sair de casa. Então, eu acho que derrubar o uso de máscara nesse momento, ainda não é legal. Eu acho que a gente deve continuar. Cada um faz aquilo que se sente bem, cada cabeça uma sentença. Mas se tivesse derrubado, eu continuaria usando máscara, porque eu me sinto mais seguro", disse o publicitário.
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