A cerimônia terá início às 18h, com performance da atriz Valéria Monã e, em seguida, show de Áurea MartinsDivulgação
Publicado 19/11/2021 13:41 | Atualizado 24/11/2021 12:34
Rio - A atriz Ruth de Souza, falecida em 2019, terá seu nome eternizado nesta sexta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, no teatro do Parque das Ruínas, em Santa Teresa. A partir de hoje, o local passará a se chamar Teatro Municipal Ruth Souza, em homenagem a artista. A cerimônia terá início às 18h, com performance da atriz Valéria Monã e, em seguida, show de Áurea Martins.
Segundo o curador Paulo Gomes, a ideia é tornar o equipamento um espaço de referência de dramaturgia negra. A turma do 'Nós do Morro', do Vidigal, fará a primeira temporada no novo teatro. De quinta a sábado da próxima semana, o grupo encenará três apresentações do espetáculo “Modus Operandi”, com direção de Fátima Domingos e texto de Fabrício Branco. Sempre às 18h, com entrada gratuita.
Pioneira, Ruth foi a primeira mulher negra a atuar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e a ser protagonista de uma telenovela. Além de ser a primeira brasileira indicada a um prêmio de melhor atriz internacional, no Festival de Veneza de 1954, por sua atuação em "Sinhá Moça".
A carioca, nascida em Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, morreu em julho de 2019, aos 98 anos, vítima de uma pneumonia. 
"É uma honra e uma alegria enorme estar a frente de um equipamento público cultural. Até então a Prefeitura do Rio ainda não tinha um teatro com o nome de uma mulher negra. Seremos o primeiro! E na véspera do Dia da Consciência Negra é importante marcar presença", contou o curador do novo teatro, Paulo Gomes.
Programação da inauguração
Sexta-feira (19/11)
A Abertura oficial do Teatro Municipal Ruth de Souza começa às 18h, com a exibição de vídeo sobre a trajetória da atriz, falecida em 2019. Em seguida, Valéria Monã interpreta “Ruth de Souza em movimento ancestral com o futuro”, além de performance de dança.
Após a apresentação, a inauguração segue com o show com Áurea Martins. Com 81 anos, a cantora tem mais de seis décadas de carreira, tendo começado aos 19 anos no bairro de Campo Grande, em casas noturnas onde marcou presença com sua voz de crooner de orquestra. Dona de discos festejados como “Iluminante”, “Depontacabeça” e “Até sangrar”. Também ganhou o Prêmio da Música Brasileira de 2009, na categoria Melhor Cantora.
 
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