Publicado 07/12/2021 18:44
Rio - Uma confusão no último sábado, dentro da UPA de Nova Cidade, em São Gonçalo, terminou com uma médica conduzida para a 72ª DP (Mutuá). Segundo o boletim de ocorrência registrado na delegacia, uma paciente acionou a PM após ser consultada pela doutora e perceber que ela carimbou a receita usando os dados de outro profissional. A médica foi conduzida para a delegacia sob a suspeita de crime de falsidade ideológica.
Um vídeo enviado para o WhatsApp de O DIA mostra a doutora pedindo aos policiais que a deixassem terminar o atendimento a um paciente, que estava em estado grave, para depois seguir para a delegacia. Os PMs não aceitam e um deles ameaça algemar a médica, que foi levada para a delegacia junto com o médico a quem o carimbo pertencia.
Segundo testemunhas, o homem que estava sendo atendido pela médica acabou morrendo. A Prefeitura de São Gonçalo, responsável pela administração da UPA de Nova Cidade, confirmou o falecimento do paciente, que foi identificado como Jorcelei Ferreira, de 73 anos. Após a médica ter sido conduzida pela delegacia, o homem foi transferido para o Hospital Luiz Palmier, mas não resistiu. Ele deu entrada na UPA com quadro de dispneia, sepse urinária e cetoacidose diabética.
A Prefeitura de São Gonçalo afirmou que a médica está devidamente capacitada para exercer suas funções e com registro de trabalho regular. E que, no momento do incidente, ela estava sem o seu carimbo de identificação e usava o de um colega, que também estava na trabalhando na UPA, para não deixar de atender os pacientes. Ainda segundo a prefeitura, a unidade estava com plantão completo até a retirada da médica, que foi substituída por outro profissional para que o atendimento tivesse continuidade.
A PM confirmou a ocorrência. Segundo a corporação, policiais militares do 7ºBPM (São Gonçalo) foram à UPA de Nova Cidade verificar uma denúncia de que uma médica da unidade prescrevia receita com carimbo de outro profissional. No local, a equipe encaminhou os envolvidos à delegacia: além da médica, o colega a quem pertencia o carimbo que ela utilizava.
A reportagem procurou a Polícia Civil sobre o caso, mas não obteve resposta.
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