Publicado 09/12/2021 12:43 | Atualizado 09/12/2021 13:04
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) concluiu que os meninos desaparecidos de Belford Roxo foram executados após um deles não resistir às duras agressões cometidas pelos traficantes da favela do Castelar, conforme O DIA já havia divulgado. As investigações confirmaram que Lucas Matheus, Alexandre e Fernando foram condenados pelo tribunal do tráfico a uma sessão de tortura, após serem acusados de furtar o passarinho de um criminoso. Cinco integrantes do tráfico do Castelar foram indiciadas por triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
“Desde o início a gente já tinha informação da responsabilidade do tráfico sobre o desaparecimento e possibilidade da morte. Isso era uma informação que a gente já trabalhava desde o início, mas só podemos trabalhar exclusivamente com isso, quando a gente começa a materializar isso, que acontece em maio, através de informações de inteligência e um depoimento chave, em maio”, disse o delegado Uriel Alcântara, responsável pela investigação.
Segundo a especializada, o pedido para a tortura partiu do gerente do tráfico do Castelar, Willer Castro da Silva, o Estala, e foi autorizado por Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, e José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que são apontados como líderes da organização criminosa que coordenavam seus subordinados do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Além deles, um gerente da carga de drogas da comunidade, que não teve a sua identidade revelada também foi apontado como participante do crime.
O pedido de Estala teria partido após a suspeita de que os meninos teriam furtado o passarinho do seu tio.
“Uma testemunha presencia o traficante Estala falando, ela está no mesmo ambiente e ouve ele falando com outro traficante que mataram, executaram as crianças, porque teriam roubado um passarinho do seu tio. E aí ele é questionado por esse outro traficante como que ele teria feito aquilo, se teria autorização do Mano, em referência ao Piranha, e ele diz que teve autorização do Doca e do Piranha para que aquilo ocorresse. Em razão disso, eles passam a ser investigados”, explicou Alcântara.
As investigações apontaram que a ideia inicial dos criminosos era de agredir os meninos, como uma forma de corrigi-los. No entanto, uma das crianças não teria resistido e eles, então, decidiram executar as outras duas.
“Em razão da subtração do passarinho do tio do Estala, eles agrediram as crianças, exageraram e aquilo resulta na morte dessa criança e eles acham que a solução para aquele problema seria executar os outros dois. A gente não sabe quem foi o primeiro que aconteceu isso”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com a DHBF, a traficante Ana Paula da Rosa Costa, a Tia Paula, em companhia de outros traficantes ordenou que o sexto investigado dirigisse um veículo e transportasse os corpos até o rio onde foram jogados em sacos.
“Uma testemunha presencia o traficante Estala falando, ela está no mesmo ambiente e ouve ele falando com outro traficante que mataram, executaram as crianças, porque teriam roubado um passarinho do seu tio. E aí ele é questionado por esse outro traficante como que ele teria feito aquilo, se teria autorização do Mano, em referência ao Piranha, e ele diz que teve autorização do Doca e do Piranha para que aquilo ocorresse. Em razão disso, eles passam a ser investigados”, explicou Alcântara.
As investigações apontaram que a ideia inicial dos criminosos era de agredir os meninos, como uma forma de corrigi-los. No entanto, uma das crianças não teria resistido e eles, então, decidiram executar as outras duas.
“Em razão da subtração do passarinho do tio do Estala, eles agrediram as crianças, exageraram e aquilo resulta na morte dessa criança e eles acham que a solução para aquele problema seria executar os outros dois. A gente não sabe quem foi o primeiro que aconteceu isso”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com a DHBF, a traficante Ana Paula da Rosa Costa, a Tia Paula, em companhia de outros traficantes ordenou que o sexto investigado dirigisse um veículo e transportasse os corpos até o rio onde foram jogados em sacos.
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