Testemunha Teresa Cristina, cabeleireira de MoniqueMarcos Porto / Agência O Dia
Publicado 14/12/2021 12:24 | Atualizado 14/12/2021 14:07
Rio - Ana Cristina Pimentel mãe da Eloá Cristina, adolescente assassinada pelo namorado, durante um sequestro em 2008, foi acompanhar o julgamento de Monique Medeiros e Jairinho, nesta terça-feira. A audiência ocorre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desde às 11h. O ex-vereador e a mãe do menino são acusados de matar Henry Borel, de 4 anos, em março deste ano.
Ana Cristina disse que decidiu comparecer ao julgamento pois quer que caso siga para o júri popular. “Eu moro em São Paulo como todos sabem e estou aqui hoje porque eu quero que a Monique e o Jairo vão à júri popular. O que eles fizeram foi um absurdo muito grande”, disse.
A mãe de Eloá lembrou o apoio que recebeu de outros grupos após a morte da filha. Na época, a jovem foi mantida em cárcere privado durante quatro dias, junto com a amiga, Nayara Rodrigues, pelo ex-namorado, Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos. Na época, as jovens tinham 15 anos. Nayara sobreviveu e Lindemberg foi preso. Caso aconteceu em Santo André, no ABC Paulista.
“Teve muita gente que me apoiou. Então eu tenho que estar onde eu tiver a oportunidade de estar para ajudar o ser humano”, disse em apoio ao pai de Henry, Leniel Borel que atua no julgamento como assistente de acusação.
Mais cedo, um grupo de cerca de 30 mulheres fez um protesto pedindo justiça pela vida de Henry. "Estamos aqui em apoio ao Leniel Borel (pai de Henry). Queremos que a Justiça seja feita e os acusados permaneçam presos sejam condenados. Nossa luta também é para que as penas de crimes contra crianças sejam aumentadas", disse Franciana Alves, coordenadora do Núcleo de Apoio as vítimas de violência.
Presos desde 8 de abril, um mês após a morte do menino, Monique e Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por homicídio qualificado (por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e impingiu intenso sofrimento, além de ter sido praticado contra menor de 14 anos), tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
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