Publicado 16/12/2021 15:58
Rio - O filho adotivo da ex-deputada federal Flordelis, Lucas Cezar dos Santos de Souza, teve a pena aumentada, na última quarta-feira (15), para 9 anos de prisão por ter participação na morte do pastor Anderson do Carmo, seu pai adotivo. Ele foi condenado por ter participado da compra da arma utilizada no crime. A juíza Nearis de Carvalho Santos Arce acolheu o recurso do Ministério Público e reconheceu que o fato do acusado ser filho adotivo e não de criação, a pena deveria ser maior.
Foi reconhecida a agravante decorrente da prática do delito "contra ascendente", conforme estabelece o artigo 61, alínea "e", do Código Penal. Na sentença proferida pela juíza ao final do júri popular, no dia 24 de novembro, Lucas havia sido condenado pelo Tribunal do Júri de Niterói a sete anos e seis meses de reclusão, por ter sido declarado filho de criação do casal. O crime foi cometido pelo irmão de Lucas, Flávio dos Santos Rodrigues, condenado a 33 anos, dois meses e vinte dias de reclusão, por ter sido o autor dos disparos da arma de fogo. Flávio é filho biológico da ex-deputada federal Flordelis.
O advogado Ângelo Máximo, assistente de acusação no processo do assassinato do pastor Anderson do Carmo, afirmou no último dia 24 de novembro que estuda entrar com recurso pedindo aumento de pena para Flávio dos Santos Rodrigues. O pastor Anderson do Carmo foi morto em 16 de junho de 2019. Flordelis está presa, acusada de ser a mandante do crime.
Julgamento de Flordelis
Flordelis responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, o "bigode", e Carlos Ubiraci Francisco da Silva, o "neném", são réus no processo pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.
Já Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa, por uso de documento falso e associação criminosa armada. E Rayane dos Santos Oliveira pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.