Publicado 19/12/2021 09:00 | Atualizado 19/12/2021 09:17
Muitas vezes, quando acordo, sinto como se continuasse no mundo dos sonhos. Afinal, abro os olhos e me deparo com o universo de poesia que me cerca das mais diferentes formas: por aquarela, flores de papel, boneca de pano, lembranças de viagens, fotografias e livros. Pareço viajar, mas sei que a fantasia é um combustível para encarar a realidade e suas inevitáveis agruras. Pensei em tudo isso ao me dar conta de que esta é a crônica que antecede o Natal, data cercada de imaginação desde a infância.
Crescemos com a ideia da família rodeada de paz e harmonia na passagem do dia 24 para 25 de dezembro e alimentamos a esperança de que o Papai Noel traga os nossos melhores pedidos. Ainda me lembro da minha mãe dizendo aos meus sobrinhos que o Bom Velhinho havia passado na janela do quarto deles. Eles não viam o mensageiro da felicidade, mas acreditavam na existência dele ao encontrarem os presentes dentro de casa.
Contraditoriamente a tanta alegria, também me dei conta de que durante a vida muitos de nós começamos a olhar para essa mesa idealizada do Natal e sentir falta da presença física de alguém muito especial. E assim me recordo do primeiro fim de ano após a morte da minha mãe, em 2019, em que a alegria dos meus sobrinhos era o combustível para não deixar a magia se apagar. Tenho viva a lembrança do mais velho ajudando a preparar um brigadeirão, sobremesa que a avó sempre fazia. Seguir a tradição era uma forma de mantê-la presente.
Assim, me pego pensando em muitas pessoas queridas que se lembrarão, já no dia 24, de seus amores que não estão mais aqui. Meu coração vagueia ao se solidarizar com amigos próximos, conhecidos do mundo virtual, parentes das milhares de vítimas da pandemia e outras tantas pessoas de quem acompanhamos a dor da perda, como os familiares da jovem Kathlen Romeu e dos meninos de Belford Roxo. Na tradicional ceia faltarão eles... E naqueles telefonemas carinhosos, também.
Crescemos com a ideia da família rodeada de paz e harmonia na passagem do dia 24 para 25 de dezembro e alimentamos a esperança de que o Papai Noel traga os nossos melhores pedidos. Ainda me lembro da minha mãe dizendo aos meus sobrinhos que o Bom Velhinho havia passado na janela do quarto deles. Eles não viam o mensageiro da felicidade, mas acreditavam na existência dele ao encontrarem os presentes dentro de casa.
Contraditoriamente a tanta alegria, também me dei conta de que durante a vida muitos de nós começamos a olhar para essa mesa idealizada do Natal e sentir falta da presença física de alguém muito especial. E assim me recordo do primeiro fim de ano após a morte da minha mãe, em 2019, em que a alegria dos meus sobrinhos era o combustível para não deixar a magia se apagar. Tenho viva a lembrança do mais velho ajudando a preparar um brigadeirão, sobremesa que a avó sempre fazia. Seguir a tradição era uma forma de mantê-la presente.
Assim, me pego pensando em muitas pessoas queridas que se lembrarão, já no dia 24, de seus amores que não estão mais aqui. Meu coração vagueia ao se solidarizar com amigos próximos, conhecidos do mundo virtual, parentes das milhares de vítimas da pandemia e outras tantas pessoas de quem acompanhamos a dor da perda, como os familiares da jovem Kathlen Romeu e dos meninos de Belford Roxo. Na tradicional ceia faltarão eles... E naqueles telefonemas carinhosos, também.
A realidade surge, assim, como um forte contraponto à fantasia de uma noite de Natal. Ao mundo do faz-de-conta, peço que produza uma fórmula mágica capaz de aconchegar todos esses corações. Ao Papai Noel, desejo que multiplique o mesmo encanto que proporcionava aos meus sobrinhos. E que assim a gente possa sentir a presença de tantas pessoas mesmo sem vê-las de fato.
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