Publicado 22/12/2021 17:38
Rio - Em uma triste cerimônia e aos gritos de justiça, familiares e amigos do auxiliar de Fabrício Alves de Souza, de 26 anos, se despediram do auxiliar de serviços gerais que foi morto durante uma ação da Polícia Militar, no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, na terça-feira. O jovem foi enterrado na tarde desta quarta-feira, no Cemitério de Inhaúma.
Debruçada sobre o caixão do filho, a dona de casa Edna da Silva Alves lamentava a sua perda e dizia o quanto amava Fabrício. Durante o velório, a mãe da vítima falou que seu filho foi brutalmente assassinado enquanto saia para trabalhar.
"Meu filho foi brutalmente assassinado, saindo para trabalhar às 5h14. Foi abordado por um monte de policiais, falou que era morador e ainda assim foi assassinado", desabafou.
Souza passava pela comunidade da Quitanda para ir trabalhar, quando foi abordado por PMs do 41º BPM (Irajá). Testemunhas afirmam que o rapaz levantou as duas mãos para demonstrar que não estava armado e se identificou como um morador, mas que mesmo assim, os agentes atiraram, segundo os populares.
"Queria perguntar ao policial se ele está dormindo tranquilo, se ele tem família, se ele tem mãe, filhos. Queria mesmo saber se ele está dormindo tranquilo, porque quando mata um deles a comunidade que não presta e bandido matou. Mas eles nunca fazem nada, né? Quando morre um policial uma mãe chora, mas quando morre um trabalhador a mãe não pode reclamar e chorar pela perda de um filho?", questionou Edna.
Ao sair do velório e chegar no cemitério, os parentes e amigos do auxiliar de serviços gerais gritavam por justiça. Para Edna, o filho dela não pode ser mais uma vítima da violência.
"Eu não quero dinheiro, não quero nada. Só quero justiça, que não vire mais um na estatística. Meu filho vai ser enterrado como um trabalhador, porque era isso que ele era. Ele saia de casa todos os dias as 5h da manhã para ir trabalhar. Atiraram nele mesmo ele se rendendo e dizendo que era morador", finalizou a dona de casa.
Debruçada sobre o caixão do filho, a dona de casa Edna da Silva Alves lamentava a sua perda e dizia o quanto amava Fabrício. Durante o velório, a mãe da vítima falou que seu filho foi brutalmente assassinado enquanto saia para trabalhar.
"Meu filho foi brutalmente assassinado, saindo para trabalhar às 5h14. Foi abordado por um monte de policiais, falou que era morador e ainda assim foi assassinado", desabafou.
Souza passava pela comunidade da Quitanda para ir trabalhar, quando foi abordado por PMs do 41º BPM (Irajá). Testemunhas afirmam que o rapaz levantou as duas mãos para demonstrar que não estava armado e se identificou como um morador, mas que mesmo assim, os agentes atiraram, segundo os populares.
"Queria perguntar ao policial se ele está dormindo tranquilo, se ele tem família, se ele tem mãe, filhos. Queria mesmo saber se ele está dormindo tranquilo, porque quando mata um deles a comunidade que não presta e bandido matou. Mas eles nunca fazem nada, né? Quando morre um policial uma mãe chora, mas quando morre um trabalhador a mãe não pode reclamar e chorar pela perda de um filho?", questionou Edna.
Ao sair do velório e chegar no cemitério, os parentes e amigos do auxiliar de serviços gerais gritavam por justiça. Para Edna, o filho dela não pode ser mais uma vítima da violência.
"Eu não quero dinheiro, não quero nada. Só quero justiça, que não vire mais um na estatística. Meu filho vai ser enterrado como um trabalhador, porque era isso que ele era. Ele saia de casa todos os dias as 5h da manhã para ir trabalhar. Atiraram nele mesmo ele se rendendo e dizendo que era morador", finalizou a dona de casa.
'Profissional de excelência'
Fabrício estava com a carteira assinada há pouco mais de dois meses e era considerado um profissional de excelência. Ele prestava serviço como pintor em uma obra da Cury Construtora, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ao DIA, o patrão de Fabrício, Claudinei Gomes Silva, de 37 anos, contou que o funcionário tinha comprometimento com o horário e estava sempre disposto a ajudar os colegas.
"Se eu pedisse pra ele passar um pouco do horário por causa de algum imprevisto no serviço, ele aceitava na hora. No feriado de Dia das Crianças, por exemplo, eu precisei de ajuda na obra e ele prontamente foi trabalhar. Sem falar que ele era muito querido por toda a equipe, os funcionários estão de coração partido", contou o patrão, que completou: "Hoje em dia é muito difícil encontrar um profissional do patamar dele, que cumpria com o horário".
Claudinei lembrou que no dia anterior a sua morte, Fabrício contou que estava juntando dinheiro para poder dar uma bicicleta de Natal para uma das filhas. "Ele só falava na família, de como queria dar uma boa condição de vida para eles". A vítima deixa duas filhas, uma de cinco anos e outra de dez meses, e esposa. A filha caçula ainda não sabe da morte do pai.
A amiga da família, Fabiana Simão, contou que Fabrício ia tentar arrumar um emprego de faxineira para ela após a finalização das obras onde ele estava prestando serviço. "Como os apartamentos iriam precisar de uma boa faxina após a construção, ele disse que ia me ajudar a arrumar um emprego lá. Ele também ajudava vários amigos para arrumar um serviço extra", conta.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Testemunhas estão sendo ouvidas e a investigação está em andamento. A Polícia Militar também está apurando as circunstâncias do ocorrido e afirmou que vai colaborar integralmente com as investigações da DHC. Fabrício não tinha antecedentes criminais.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Testemunhas estão sendo ouvidas e a investigação está em andamento. A Polícia Militar também está apurando as circunstâncias do ocorrido e afirmou que vai colaborar integralmente com as investigações da DHC. Fabrício não tinha antecedentes criminais.
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