Ex-candidato a vereador é preso por estupro e cárcere privado em Botafogo

Segundo denúncia da vítima, Lucas José Dib, de 35 anos, a manteve presa por 18 horas; ele concorreu às eleições de Marília-SP em 2012

Rio de Janeiro

O Dia
Lucas José Dib tem 35 anos e concorreu para vereador em Marília-SP, em 2012 Reprodução

Rio – Lucas José Dib, de 35 anos, foi preso nesta quinta-feira (18) por policiais civis em Botafogo, na Zona Sul, suspeito pelos crimes de estupro, ameaça, tortura e cárcere privado. A vítima é uma mulher de 31 anos que mora em São Paulo e passava as férias no Rio de Janeiro. Ela teria sido mantida à força na residência dele e violentada por cerca de 18 horas, em 4 de abril.

A ocorrência foi conduzida por agentes da 10ª DP (Botafogo). Ele já concorreu ao cargo de vereador por Marília-SP nas eleições de 2012.

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Os equipamentos sexuais e de música eletrônica foram encontrados após revista Reprodução
Lucas Dib foi acusado dos crimes de estupro, cárcere privado, ameaça e tortura Reprodução
O quarto de Lucas também foi vistoriado Reprodução
A casa de Lucas foi revistada Reprodução
Lucas José Dib, 35 anos, foi preso Reprodução

De acordo com o depoimento prestado pela vítima, ela veio ao Rio a passeio, ficando na casa de uma amiga, e conheceu Lucas por um aplicativo de relacionamento. Eles combinaram de sair em 3 de abril, quando se encontraram e foram a pelo menos quatro bares antes de irem à casa do homem, na Rua Voluntários da Pátria.

Na residência de Lucas, eles demoraram um tempo para se beijarem. Depois que isso aconteceu, o homem teria apresentado um comportamento estranho, enforcando-a com uma das mãos, com ameaças a ela e sua família. Depois, ele teria começado a estupra-la.

De acordo com a mulher, ela foi mantida em cárcere das 2h às 20h de 4 de abril. Lucas teria drogado a vítima para que ela não dormisse. Ele tinha um equipamento de DJ e, segundo a denúncia dela, mantinha a música em volume alto para que os gritos de socorro não fossem escutados por vizinhos.

Lucas teria continuado a ameaçando. Ele afirmava, conforme relatado por ela, que é amigo de embaixadores e ministros e que "tem uma empresa que sequestra mulheres para que sejam fornecidas e subjugadas por pessoas influentes que fazem parte do seu círculo social".

A vítima afirma ter sido resgatada por ter compartilhado sua localização na noite anterior e o perfil de uma rede social do Lucas em um grupo de amigos. Um conhecido dela foi procura-la. Conforme a mulher, ela convenceu o homem de que desceria à portaria do prédio para avisar à pessoa que estava tudo bem.

No entanto, ela saiu em choque do local, apenas com uma camisa e uma calça, tamanho o terror gerado na situação. Ela fugiu com o amigo e foi encaminhada ao hospital e ao IML para ser examinada.