Por O Dia
“Ele foi exemplar”. A família colocou as malas no carro, mas os planos de terminar o dia na serra acabaram na delegacia. No meio do caminho, um bandido armado e um policial corajoso. Momentos de desespero que não serão esquecidos. No carro da frente, estava toda a família. No de trás, o carioca, de 75 anos, sozinho.
Na autoestrada Lagoa-Barra, na altura do Fashion Mall, no meio da manhã, veio o susto. O criminoso nervoso e violento apontou a arma para a cabeça do aposentado que abaixou o vidro imediatamente.
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O que eles não sabiam é que no ônibus ao lado um PM de folga observava tudo. A coluna conversou com o senhor, que ainda com muito medo, pediu para não ser identificado, e está fora do rio com a família, depois do que aconteceu. “O policial foi de um profissionalismo exemplar”.
O PM estava de folga e observou de dentro do coletivo quando a moto passou e estava com a placa encoberta. Correu até o motorista, quando viu que o bandido rendeu o carro. O agente pediu para o motorista do ônibus parar. Em depoimento, a vítima disse que o policial chegou e deu voz de prisão para o vagabundo que se virou armado para o PM. Foi quando aconteceram os tiros.
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O aposentado só conseguia pensar na família no carro à frente, entre eles a neta de três meses. O bandido caiu morto ali mesmo, em cima da moto. De acordo com a lei, ao contrário do cidadão comum, qualquer policial tem o dever de agir quando vê um crime, já que ele é agente garantidor. Cabe a ele avaliar a situação de risco para ele e para quem está em volta.
Muitos podem até criticar, dizer que não precisava matar, bastava prender. Fácil avaliar quando não está no local, né? Na prática, bandido no Rio não se rende, se encontra a polícia no meio do caminho, mata, joga granada, troca tiros. São milésimos de segundos que o policial tem para decidir. Numa cidade em guerra, onde qualquer “bunda rachada” da criminalidade tem arma na mão, a reação do policial é inevitável e compreensível.
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O senhor não tem dúvida: o policial para ele foi herói.
"A gente costuma sempre reclamar da polícia e quando a gente tem uma atitude corajosa dessas, já que ele arriscou a vida dele, pois o bandido estava armado... Ele nos protegeu e cumpriu o seu dever de uma forma irrepreensível", destacou a vítima.
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Para essa bandidagem, que acha que aqui é terra de Marlboro...  3,2,1 é dedo na cara!

Um setor que não pode reclamar da crise
Nunca se abriu tanta farmácia no Rio de Janeiro. Na Avenida das Américas, por exemplo, num quarteirão, é possível ver três inauguradas, só este ano. Aliás, de janeiro a junho, segundo a Jucerja-RJ, foram abertas 132 matrizes de farmácias, um aumento de quase 10 % em relação ao ano passado. E olha que no ano passado o número já era grande. Em 2018 foram abertas 264, contando matrizes e filiais.
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Uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia mostra que 77% dos brasileiros se automedicam. Bora colocar o pingo no i... Ninguém se importa com a concorrência no ramo, já que o que não falta é cliente. É brasileiro buscando a cura a qualquer preço.

Tá feio, e é de chorar
No Rio é sempre assim... A explicação do absurdo consegue piorar a situação. O vídeo Que mostra o professor Jorge Crim, de 62 anos, que é cadeirante, se arrastando pelas escadas de uma Agência do INSS porque o elevador está quebrado e nenhum médico desceu para atendê-lo, mostra desumanidade e a inércia da coisa pública.
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Um elevador quebrado, uma agência no centro do Rio de Raneiro e médicos que só atendem em consultório no segundo andar!!! Tudo burocrático, todo mundo cheio de desculpas e nenhuma punição. Detalhe: a situação acontece desde janeiro, e a gente só ficou sabendo - e só suspenderam o atendimento ali -, porque seu Jorge se submeteu a se arrastar e deixou alguém filmar.
Imagine quantas pessoas já voltaram pra casa sem conseguir fazer a perícia desde o começo do ano e ninguém soube? Por isso se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Viva seu Jorge e tenho dito.