Olho no relógio, três e cinco... Tô atrasada para o dentista que era às 15h em ponto na Barra. Depois de dias de frio de primavera e céu nublado, a sexta foi como o carioca gosta, um céu azul e um sol de rachar. A cabeça vai na hora, quase que no automático para a praia, a poucos metros dali... Pensamento logo cortado por sirenes, gente correndo, gente paralisada, muito tumulto.
Em plena Avenida Ayrton Senna, um carro atravessado com o que parecem ser marcas de tiros. Na hora, o trânsito começa a parar e o carioca a agir no instinto. Uns tentam voltar, outros acelerar. Caos... O bangue-bangue da Cidade Maravilhosa.
Outras viaturas começam a parar. Ligo pra redação que ainda não sabe o que aconteceu, mas logo manda equipe porque sabe... deu M grande!
Quem vive no Rio de Janeiro parece contracenar num filme de ação o tempo todo. Cheguei ao dentista e, no tempo de uma consulta, já sabia que seria mais um de tantos outros crimes que se deram no fim de semana.
No Rio, vagabundo é democrático e atuante. Tá em todo canto da cidade... E faça chuva ou sol, quer botar o terror, assaltar! Expôr arma de longo alcance!
Enquanto isso, a gente vai ficando com a sensação de que pode em qualquer dia, em qualquer lugar topar com eles ou ficar no meio de uma troca de tiros.
Viver no Rio, quando o assunto é segurança, é viver numa montanha-russa, num inverno tenebroso mesmo que lá fora faça 50 graus.
3,2,1... É DEDO NA CARA!
Comentários