Ufa... Não senti falta de ar. Encho os pulmões, o ar vem e estou bem.
Essa é a minha rotina de "paciente assintomática" da Covid-19. Todo dia, ao acordar.
A angústia, enquanto o vírus está aqui, é de que ele acorde e tente fazer algum estrago como fez em milhares de pessoas pelo mundo. E também no meu marido, que continua em recuperação no hospital.
Os médicos dizem que é muito difícil, depois de tantos dias, eu desenvolver algum sintoma, mas é tudo tão novo e tão desconhecido que a incerteza é companheira constante.
Eu não posso adoecer. Meu filho tem sete anos, depende de mim... Ele negativou e, por isso, dentro de casa a estratégia é de guerra.
Onde um está, o outro não fica! Vai explicar isso para uma criança que é colada em você o tempo todo e que dorme na mesma cama que você desde que nasceu...
O coronavírus veio pra mudar tudo, dentro e fora da minha casa. Eu já passei da fase: "Onde isso pegou em mim?"
Não tem essa. Ele está por aí!
É preciso se conscientizar, se proteger, acreditar nas autoridades e ser solidário.
Solidário em palavras, em atitudes, o vírus é personalizado por ser apático em uns e agressivo em outros.
Essa luta é nossa. É de todo mundo e por todo mundo... Dentro e fora das casas.
Minhas redes sociais chegaram a travar com tantas palavras de carinho... Os amigos e colegas, de todos os locais onde trabalho, continuam emanando energia positiva. Até o governador aproveitou uma coletiva pra prestar sua solidariedade à mim e minha família.
Muita gente pode falar "Ah, só porque ela é apresentadora!" Nada disso. É carinho de ser humano. É amor ao próximo!
Vocês podem ter certeza de que um dos remédios para curar esse vírus é saber que alguém se preocupa com a gente.
Muito obrigada!
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Que a gente continue se amando muito, e tenho dito.
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