Do lado da cama, seu companheiro... O andador.
É assim que Dona Vilar Gonçalves, moradora de Niterói, vive há dois anos e meio. Ela aguarda todo esse tempo por uma prótese total de fêmur.
Enquanto trabalhava como doméstica, a senhora, de 75 anos, sofreu uma queda. E foi a partir desse acidente que ela viu tudo virar de cabeça para baixo.
Ativa até então, a idosa foi levada para o Hospital Azevedo Lima, onde ficou por 10 dias até fazer a primeira operação. Colocaram uma meia prótese, que de nada adiantou. E enquanto isso, as dores só aumentavam...
Dona Vilar chegou a fazer fisioterapia por três meses, mas cadê que resolvia o problema? Ah! A lista de medicamentos também só fazia crescer.
Acha que parou por aí? Nada disso! Mais uma tentativa... Próxima parada: Hospital Antônio Pedro... Nenhuma resposta. Que saga!
"É muito sofrimento. Eu praticamente fico deitada o dia inteiro, só consigo caminhar com o andador. A gente fica velho e só recebe essas tristezas", conta a aposentada, que trabalhou por mais de 35 anos no comércio.
Desde outubro do ano passado, Dona Vilar aguarda uma vaga no Into. E agora com essa pandemia, aí mesmo que não teve resposta.
Para se ter noção, segundo o irmão da senhora, o número dela na fila estava em 230! Isso antes da pandemia... Vai dizer que não é surreal?
A coluna tentou contato com o Into para saber sobre a situação de Dona Vilar, mas até o fechamento desta edição não teve resposta.
3,2,1... É DEDO NA CARA!
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