Racismo: Matheus foi agredido no Ilha Plaza ShoppingArquivo pessoal
Por O Dia
Publicado 12/08/2020 06:00
Rio - Dois “Matheus”... Dois entregadores, duas histórias lamentáveis de racismo. Um em São Paulo, humilhado por um morador de condomínio de luxo.  O outro, encurralado e imobilizado por policiais aqui na Ilha do Governador, dentro de um shopping... Confundido com um bandido.

Segundo os policiais, “Não é nada disso! Não porque ele é negro... Foi por causa do boné.”  Quem acreditou nessa?

Casos horríveis como esses escancaram uma realidade que a gente, infelizmente, já conhece muito bem: é difícil demais ser negro nesse país.

Muitos são os “Matheus” que sofrem na pele, literalmente, todos os dias. É o chamado racismo estrutural, aquele que faz parte e você nem percebe! Ou percebe e nada faz...

“Desde pequeno eu convivo com segurança atrás de mim em supermercado. Quando eu era moleque, ficava dando voltas até ele cansar. Saía de lá pagando um pacote de biscoito”, conta Uilson de Castro, morador de Água Santa.

Situação corriqueira demais, né? Com certeza você já presenciou. Essa é só uma, entre tantas que a gente pode escrever aqui... Mas me diz aí... o que você faz para combater a discriminação que acontece bem do seu lado?

Ser contra o racismo, vai muito além da comoção com as manifestações nos Estados Unidos, ou colocar o fundo preto na sua rede social...

O que essa coluna quer mostrar é que vidas negras importam sim, e muito! Mas só se chocar não vale, a gente tem que agir pra impedir.

E quem passa por qualquer situação, não pode ter medo de denunciar! A gente tá junto pra fazer sempre o bem vencer o mal.

Para os racistas de plantão... 3,2,1... É DEDO NA CARA!
PINGO NO I
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TÁ FEIO!
Já não é a primeira denúncia de motoristas de ônibus que a coluna recebe essa semana...

Além das linhas que desapareceram, que até comissão foi criada para entender o sumiço, muitos funcionários reclamam da exaustiva carga de trabalho e também dos direitos que não são respeitados.

Motoristas da Viação Jabour denunciam que trabalham mais de 12 horas, sem direito a intervalo ou folga.

“A gente já reclamou com os gestores, até a psicóloga da empresa falou que o cansaço pode provocar acidentes... Mas ninguém faz nada!”, reclama um funcionário que não quis se identificar.

Escala pra que, né? Já não basta trabalhar numa pandemia, sem proteção, ainda ter que ser explorado dessa forma? Tá de sacanagem!

A coluna procurou a Viação Jabour, que até o fechamento desta edição não se manifestou.

Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Ninguém tá pedindo nada além dos seus direitos. É trabalho com dignidade, e tenho dito.