O nome dela foi parar na Reuters e até no The New York Times... Ana Carolina Xavier, 33 anos, é fisioterapeuta intensivista... Tá na linha de frente contra a covid-19 desde o início, em campo!
Carol tem três projetos em desenvolvimento sobre tratamento do coronavírus... Todos até o momento, infelizmente, na gaveta. Só um dos projetos está em andamento num centro de pesquisa particular. Os outros, estão sendo "cozinhados" pelo governo. "Ah, mas o que isso quer dizer, Isabele?"
Simples... Falta de incentivo e a já tão falada burocracia de sempre! Num momento em que mais se precisa da ciência no país, o pesquisador que merece ser enaltecido, só é desvalorizado.
Muito se fala em vacina de Oxford, a tal vacina russa, mas pouco se olha para o quintal de casa. A gente tem cada cientista incrível por aqui, esperando para ser notado e nada!
Aqui, todo mundo valoriza o que é de fora, bora valorizar o que é nosso. Parem com síndrome de vira-lata!
Duas brasileiras descobriram o genoma do vírus, alunos da UFRJ seguem na luta para desenvolver respiradores, a USP já testa em animais uma vacina em spray... Olha quanta coisa importante tá sendo feita e os poderosos fecham os olhos?
Ana Carolina trabalha oito horas por dia, cinco dias da semana em nome da ciência e recebe o que? Corte, redução, sucateamento das suas teses. Tudo vai além da falta de incentivo financeira.
"Quem vive só de Ciência não pode ter o governo como inimigo. A gente quer ter como aliado! Seis meses pra aprovar um projeto é muito tempo. Um mês que seja faz toda diferença, ainda mais agora", conta ela.
Ninguém existe sem Ciência, essa é a realidade. Uma pena que todo mundo teve que enfrentar uma pandemia para entender isso, você goste ou não.
Reconhecer e valorizar o trabalho do pesquisador é mais que um ato de cidadania... É ato de amor às gerações que estão vindo por aí.