Fernanda e outras mães protestamDivulgação
Por O Dia
Publicado 18/09/2020 00:00

Rio - "As crianças estão emagrecendo, perdendo massa muscular, com imunidade baixa. A gente precisa de ajuda pra colocar comida na boca delas, muitas só tinham a única e principal refeição do dia na escola".

O desabafo é de Fernanda Oliveira, mãe de um aluno da rede municipal de Itaboraí. Quase 6 meses de espera por uma cesta básica da prefeitura! Ou, pelo menos, uma satisfação...

Ela e outras mães tentam de qualquer maneira dialogar com a Secretaria Municipal de Educação. Já fizeram até protesto, mas nada adianta. É sempre aquele jogo de empurra que todo mundo tá cansado de acompanhar!

A Secretaria de Educação joga para o Desenvolvimento Social, que transforma os alimentos do estoque em "Kits-Merenda", que não foram entregues a quem de fato precisa... Os alunos!

Ninguém aqui tá falando que o resto da população não merece receber alimento, é claro que todo mundo tem que comer, mas se o alimento já era destinado ao aluno, por que não distribuir?

Enquanto isso, 30 mil alunos que dependem disso, sem receber.

"É uma falta de comprometimento muito grande. Nem eles sabem explicar direito o que foi feito com os alimentos. Isso traz muita revolta", conta Fernanda.

As mães ainda afirmam que foi declarada pela prefeitura a criação de um cartão-merenda no valor de 25 reais. Só que no início do mês o valor foi mudado para, pasmem, 9 reais! Quando você acha que não pode piorar...

Alguém come com 9 reais!? Isso não é cartão-merenda, é um "vale-coxinha"! Eu duvido que o cartão-alimentação de quem trabalha na prefeitura seja nesse valor.

Ah, mas calma... Tudo vai dar certo! Eles estão em processo para liberar uma, eu disse uma, cesta anual no valor de 60 reais para os alunos.

É muita cara de pau! Comida na boca da criança é prioridade, está na Constituição, ainda mais em pandemia! Ou vai esperar chegar a eleição pra entregar?

A coluna procurou a prefeitura de Itaboraí, que por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo informou que não está sendo feita a distribuição das cestas porque não há verba suficiente para atender todas as famílias de estudantes matriculados no município, além dessa não ser uma competência da pasta. Informou também que já realizou a entrega de mais de 30 mil cestas básicas, incluindo para pais de alunos e que o acúmulo de recursos do PNAE (Programa Nacional da Alimentação Escolar) de abril até hoje continua reservado para o seu objetivo, que é garantir que as verbas destinadas à merenda cheguem até os alunos. No momento, o processo está em tramitação burocrática.

3,2,1... É DEDO NA CARA!

 

PINGO NO I
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TÁ FEIO!
Quatro dias, quatro meses? Não, 40 anos! Alô, Dona Cedae! Moradores da Rua Etelvina, no centro de Belford Roxo, pedem socorro por causa da falta d'água. Segundo eles, o problema já dura todo esse tempo e ninguém aparece lá pra resolver.
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"É triste ver meu pai, de 67 anos, tendo que se sujeitar a buscar água em baldes e panelas", conta o morador Cirilo Neto.
Não é possível, gente... Se for todo esse tempo mesmo, alguma obra de emergência tem que ser feita pra melhorar esse encanamento!
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A coluna já está em contato com a Cedae para entender o caso e ver a melhor forma de ajudar os moradores. Uma equipe irá ao local em 24 horas.
Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Bora botar água na casa desse povo, e tenho dito!
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