Por Isabele Benito
Publicado 16/11/2020 06:00
Não dá pra fugir... É preciso falar sobre a segunda onda. Os hospitais do Rio, sejam públicos ou particulares, já se preparam para a possibilidade de uma alta nos casos de covid-19.

Jamais alguém aqui vai querer implantar terror ou alarmar a população sobre a situação, mas essa é a realidade... Querendo ou não, a conta de uma flexibilização que se tornou, bora falar a real, uma bagunça, vai chegar... Num levantamento feito pela coluna com as secretarias do estado e do município, os números já começam a preocupar.

Segundo os dados enviados, na rede municipal há 881 leitos, 251 só para UTI. A taxa de ocupação desses leitos de UTI para covid-19 na rede SUS - que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais - no município é de 80%. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 64%.

No estado, a taxa de ocupação, considerando todas as unidades da rede estadual destinadas à covid-19, está em 18% em leitos de enfermaria e 57% em leitos de UTI. No total, na rede pública, 109 suspeitos ou confirmados de coronavírus aguardam transferência para leitos de internação, sendo 58 para enfermaria e 51 para UTI, que podem ser regulados para diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal.

As duas secretarias informaram que não há falta de leitos. Na prefeitura, nem fila de espera tem, pois há leitos para todos os pacientes inseridos no sistema de regulação. No estado, a situação é um pouco diferente, existe uma fila de espera por leitos, que ocorre porque, para pacientes com comorbidades, a Central Estadual de Regulação busca vagas que contemplem todas as suas necessidades clínicas, garantindo a assistência especializada a cada caso.

O infectologista da UFRJ, Doutor Roberto Medronho, analisou esta possível segunda onda: “A experiência internacional, as medidas de flexibilização, algumas vezes inoportunas, associadas ao comportamento de muitas pessoas fazem com que o risco de ocorrência de uma segunda onda seja elevadíssimo. O mais dramático é que em nosso caso, sequer conseguimos diminuir a primeira onda em níveis aceitáveis.”

Que situação... Se vai acontecer, a gente não tem bola de cristal... Mas pela experiência do começo do ano, não tem como relaxar, achar que tem que conviver e se adaptar. Muita gente ainda não se infectou, o risco tá aí é só não enxerga quem não quer.

3,2,1... É DEDO NA CARA!




PINGO NO I
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TÁ FEIO!
ônibus BRT - Isabele Benito
Nove horas da manhã, dia de semana e um BRT caindo aos pedaços... E não é forma de falar. O flagrante, eu mesma que fiz. Como a foto mostra, a lataria totalmente solta com o BRT, em plena Avenida das Américas.
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Reflexo do que a gente já falou aqui outras vezes. Abandono, estações fechadas e largadas, mas esse flagrante vai além disso.  Além de não prestar o serviço, a concessionária coloca em risco não só os passageiros, como também quem passa ao lado.

Um veículo se desfazendo em alta velocidade pode não só ocasionar um acidente automotivo, como também machucar outras pessoas. É isso que o carioca tem que enfrentar todos os dias... E pelo jeito só vai piorar.

A coluna cobrou do BRT, que em nota, informou que o articulado vai ser verificado e retornará à garagem para reparos. A concessionária culpou as condições precárias das vias dedicadas à operação do BRT, principalmente os corredores Transoeste e Transcarioca, que provocam o desgaste acentuado dos carros. Em mais de 140 países onde existem sistemas BRT, os veículos duram 20 anos. Mas, no Rio, o tempo médio é de apenas cinco anos.

Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Tá capenga demais, e tenho dito!