Por paola.lucas

Niterói - Quem anda de bike por aqui, seja para o lazer ou como alternativa aos transportes públicos, acaba de ganhar mais uma ferramenta para a construção de melhorias nessas pedaladas. O site www.niteroidebicicleta.rj.gov.br entrou no ar na última quinta. Lá é possível encontrar diversas informações interessantes como o mapa de ciclofaixas da cidade. Mas o que os ciclistas querem mesmo é mais avanços práticos de infraestrutura.

Niterói conta com aproximadamente 30 quilômetros de malha cicloviária%2C dos quais 15 quilômetros foram construídas na atual gestão municipalDivulgação

A pesquisa nacional ‘Perfil do Ciclista Brasileiro’ divulgada no ano passado mostra que 75% dos moradores de Niterói entrevistados usam a bike para chegar ao trabalho.<CW-16> É o caso da professora Patrícia Miranda, que segue todos os dias do bairro de São Lourenço até o Ingá, onde leciona. 

Patrícia diz que%2C apesar das dificuldades%2C muitas melhorias já foram feitasAlexandro Auler / Agência O DIA


Ela diz que convive diariamente com a falta de educação de alguns motoristas. “Acho que ainda falta fiscalização. Aqui na São Lourenço sempre tem um caminhão ou carro parado na ciclofaixa”, diz.

Apesar de acreditar na utilidade do site como fonte de informação não só para o ciclista, mas para todos, ela sente falta de uma ação mais efetiva de educação no trânsito.

No Facebook, há muitos grupos organizados de ciclistas de Niterói, um deles é o Pedal Sonoro, que circula pela cidade levando som e cultura pelas ruas. O cinegrafista Luís Araujo é um dos organizadores e diz que a ideia do site é bacana, mas precisa ser mais eficaz. “Nós entramos em contato pelas redes sociais, por exemplo, mas não temos respostas”, lamenta.

Ele questiona também a ausência de novidades no site. “Muitas informações que estão ali são de outras iniciativas, como a Mobilidade Niterói e a Transporte Ativo”, diz.

Coordenadora do projeto, Isabela Ledo diz que, de fato, o site não resolve os problemas que a cidade ainda enfrenta para melhorar a rotina do ciclista, mas diz ser de fundamental importância na construção de melhorias.

“A ideia é que o site cresça de acordo com a demanda”, diz. Sobre campanhas de conscientização, Isabela lembra que em 2015 foram dois meses de intensa divulgação. “Utilizamos banners e panfletos impressos além das redes sociais”, explica.

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