As reuniões dos grupos são periódicas e servem para a troca de experiências maternas
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As reuniões dos grupos são periódicas e servem para a troca de experiências maternas Registrar-te/Divulgação
Por O Dia

Cuidados, responsabilidades, afeto, medo, alegria, solidão, questionamentos, dúvidas e mais dúvidas são comuns à maternidade. E tudo aumenta ainda mais com as mamães de primeira viagem.  Neste período, é necessário apoio para encontrar equilíbrio e superar os desafios. No entanto, o que antes significava sentar na calçada e conversar com as vizinhas enquanto as crianças brincavam, agora é substituído por grupos nas redes sociais e blogs sobre especializados no assunto.

Foi na internet que Carla Modesto, 33 anos, Cinthia Portela, de 30, e Joyce Reis, 35, conseguiram dividir as angústias da maternidade e ajudar outras mães. "Eu me surpreendi em um universo totalmente novo para mim e me vi cheia de medos e dúvidas. Eu sou mãe solteira e desde quando fiquei grávida estive sozinha. Foi quando eu criei o blog Mãe, e agora?, uma espécie de diário, onde eu desabafava. Comecei a ler muito também sobre a maternidade e passei a procurar grupos de apoio na Baixada e não achei. Comecei a frequentar as sessões de cinema para mães e fiz amizades. Nas conversas vi que todas tinham os mesmos questionamentos que eu. Daí criei um grupo no WhatsApp", conta Carla, de Belford Roxo, e mãe de Flor, de apenas um ano.

O grupo começou com três participantes, em fevereiro, e já tem 55. O Mãe, e agora? virou Ser Mãe é Legal. O objetivo é ajudar mães de primeira viagem. "Nós temos um espaço de apoio onde podemos desabafar sem medo de julgamentos", destaca Carla.

As redes maternas ficam no ar 24 horas. É que, segundo elas, as emergências não têm hora para aparecer. "Não é uma regra imposta, mas é inevitável porque mães dormem pouco. Então, tem sempre uma de nós acorda quando a outra pede socorro, o que é muito comum. A gente compartilha dica, ajuda nas dúvidas, é um grande aprendizado", afirma Joyce, de Nova Iguaçu, que há um ano criou o projeto Mães que Inspiram e tem um filho de três anos.

Além das conversas nos grupos de WhasApp e nas redes sociais, as mamães promovem encontros. Nos eventos elas recebem ajuda de psicólogas, promovem palestras sobre saúde mental e abordam questões do cotidiano e vida profissional, além de realizarem sorteios de brindes. "É nosso momento de lazer, mas também tem o propósito de ajudar a mulher que foi mãe a se recolocar na vida tanto na social, quanto profissional", explica Cinthia Portela, da rede Laços de Mães, de Nova Iguaçu. Ela é mãe de um menino de oito anos e uma menina de dois, e criou o grupo há três meses porque tinha muitas mães na Baixada que frequentavam reuniões na cidade Rio.

"Nosso objetivo é apoiar, orientar mães da região, compartilhar e criar laços. A rede de apoio surge para suprir a solidão. Nos sentimos sozinha nessa fase, precisamos de alguém para desabafar, alguém mais experiente para tirar nossas dúvidas, uma pessoa que nos compreenda", completa Cinthia.

Os encontros acontecem periodicamente. O Laços de Mães vai se reunir no próximo mês para uma festa junina. O Ser Mãe é Legal planeja um arraiá para o dia 7 de julho. 

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