Rio, 19/03/2020  - Servico de delivery no shopping de Nova Iguacu. Na foto Gerald Ferreira e Patrick Cabral. Baixada Fluminense, Cornavirus rio, Estado do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia - Ricardo Cassiano
Rio, 19/03/2020 - Servico de delivery no shopping de Nova Iguacu. Na foto Gerald Ferreira e Patrick Cabral. Baixada Fluminense, Cornavirus rio, Estado do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O DiaRicardo Cassiano
Por O Dia

A fim de driblar a baixa nas vendas e buscar manter o faturamento sem colocar os clientes em risco diante a pandemia, os restaurantes da Baixada Fluminense estão investindo na possibilidade de entrega em casa (delivery). Muitas já funcionam exclusivamente desta forma, com as pessoas cada vez mais confinadas em casa, os delivery serão cada vez mais solicitados. 

O gastrobar Ranauretto, em Nova Iguaçu, optou por fechar as portas e funcionar somente por delivery. "Mais do que nunca, precisamos agir em coletivo, é tempo de cuidarmos uns dos outros, nos unir e garantir que sobrevivamos a essa época sombria. Por isso resolvemos fechar, mas funcionar com sistema de entregas,  tomando cuidado com os procedimentos de higiene. Estamos trabalhando com pedidos em aplicativos específicos e Whatsapp para que o cliente possa retirar o seu pedido na loja, com o mínimo de contato físico", explica a proprietária Monique Ranauro.

Na SkullBurguer, apesar de ainda permanecer aberta, os proprietários resolveram manter apenas três mesas abertas ao público e com um espaçamento maior entre elas. A ideia é incentivar que os clientes peçam pelo telefone e plataformas de entrega de comida.  "Aumentamos o efetivo de motoboys na loja, para uma entrega mais rápida e eficaz. Assim que retornar de suas entregas, o motoboy irá higienizar suas mãos e mochila.  Se cada um fizer sua parte, sairemos dessa e nossa rotina voltará ao normal", afirma Ygor Magalhães, um dos sócios da hamburgueria.

O entregador Geovanni Silva, 21, morador de Mesquita, contou que tem feitos muitas entregas e o dia tem sido corrido. Estudante em meio período, teve as aulas suspensas por conta da quarentena e resolveu aumentar o tempo de trabalho. "Tenho feito uma entrega atrás da outra porque as pessoas já estão ficando mais em casa. Acredito que isso vai intensificar e a gente consiga fazer uma grana a mais". 

Gerald Ferreira dos Santos, 26, disse que vai tentar aumentar o faturamento neste período, já que está é sua única fonte de renda. "Vou trabalhar até quando for possível porque preciso desse dinheiro. Espero que neste período aumentem as entregas", disse o morador de Nova Iguaçu.

Já o motoboy Patrick Cabral, 20, teme que o trabalho diminua caso a situação do coronavírus se complique. "As pessoas podem ficar com medo deste contato e evitar fazer pedidos, espero que não". 

CUIDADOS

Preocupado com a exposição que terá nas ruas, Geovanni Silva conta que anda com um vidro de álcool em gel. "Sempre que dá eu passo nas mãos, estou me protegendo como dá, na medida do possível porque não posso parar de trabalhar agora".

O iFood, uma das grandes marcas de serviços de entrega por aplicativo, passou a orientar seus colaboradores que realizem as entregas sem contato com o cliente.  Para ativar o serviço, basta fazer o pedido normal e avisar, através do chat, para o entregador deixar o pedido na porta do local. A marca também criou um fundo no valor de R$ 1 milhão para atender colaboradores que precisem ficar em quarentena.

No Rappi, o usuário é avisado, logo ao abrir o aplicativo, sobre a entrega sem contato e é aconselhado a manter pelo menos um metro de distância dos entregadores. O Uber Eats adotou a mesma iniciativa dos concorrentes. 

 

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