Campanha já doou mais de 1.420 cestas básicas em Duque de Caxias - Redes sociais/Movimenta Caxias
Campanha já doou mais de 1.420 cestas básicas em Duque de CaxiasRedes sociais/Movimenta Caxias
Por HUGO PERRUSO
Duque de Caxias - Parcela mais afetada pela quarentena forçada para tentar conter o avanço do coronavírus, a população de comunidades carentes é atingida em cheio pela crise com a falta de dinheiro e alimentos. Uma dura realidadepara muitos locais da Baixada Fluminense e que movimentos sociais da região tentam minimizar como podem, com doações de cestas básicas e produtos de higiene. Entre eles, o "Movimenta Caxias",em parceira com outros grupos, fez uma campanha com a contribuição de 30 voluntários e já ajudou mais de 1.270 famílias.
Formado por representantes de organizações sociais de diversos bairros de Duque de Caxias, o "Movimenta" vem fazendo uma grande campanha de doações e arrecadação, com o objetivo de ajudar famílias de 12 favelas da cidade. Até o momento, foram doadas mais de 1.420 cestas básicas.
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"Mais famílias vão ter comida na mesa. Isso vale muito. Para quem, como eu, já dormiu muitas vezes com fome, o que se pode fazer é comemorar essa pequena/grande vitória do dia. Contribuições, apoio, divulgação e estímulo são fundamentais para que os sonhos sejam de alegria e não de dor. Movimentos como esse estão crescendo, mas é importante deixar claro que o estado precisa cumprir o seu papel.", afirmou Fabbi Silva, do projeto "Apadrinhe um Sorriso" e uma das lideranças do "Movimenta Caxias".
Além dos alimentos para quem tem fome, a água tornou-se um importante item a ser doado, visto que muitas dessas favelas sofrem com a falta de abastecimento. Já foram mais de 600 garrafas entregues. E materiais de higiene básicos também estão na lista de doações: mais de 2 mil sabonetes e 912 kits também foram doados.
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Assim como outras campanhas em comunidades da cidade do Rio, o "Movimenta Caxias" também foca no combate ao coronavírus, com orientação aos moradores através de 40 faixas e campanhas nas redes sociais. Até mesmo adesivos com as frases "fique em casa e lave as mãos" são colados nos sabonetes doados.
A Prefeitura de Duque de Caxias diz que está sendo realizado um trabalho de conscientização nas comunidades e que o Programa Equipe de Consultório na Rua "tem realizado ações de promoção à saúde junto a essa população", com distribuição de panfletos de orientação sobre prevenção e de kits de higiene das mãos. Outra ação já realizada, segundo a nota, foi a vacinação contra o Sarampo e a gripe e "a garantia da alimentação por meio de doações de quentinhas e cestas básicas cedidas pela sociedade civil".
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REDE DE APOIO COMO META
Pela Baixada, há muitos outros movimentos de apoio aos mais necessitados. E o desejo desses grupos é formar uma rede para facilitar a arrecadação e as doações, contando com lideranças de cada município.
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"Quando tratamos da Baixada, vemos projetos isolados trabalhando sozinhos. A ideia é montar uma rede de instituições para que as doações cheguem em todos os lugares. Queremos fazer um mapeamento desses grupos e entender como estão atuando mediante ao surto, além de realizar uma campanha de ajuda para oferecer cestas básicas e kits de higiene para as famílias assistidas e cadastradas nessas organizações", explica Bianca Simãozinho, fundadora do Instituto Mundo Novo, na Chatuba, em Mesquita.
A mobilização entre alguns grupos já existe, mas de maneira informal. Agora, há o interesse de montar um longo cadastro para facilitar a logística.
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"Um ajudava o outro quando era solicitado. Com a rede, vamos saber por meio de cadastro o que cada instituição precisa e já receber as doações específicas, além de projetos culturais e sociais no coletivo", disse Anderson Silva, do Instituto S.O.S Reviver, com sede em Nilópolis e filiais em Mesquita e Nova Iguaçu.
 
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Beija-Flor recebe doações
Beija-Flor vai distribuir alimentos para moradores de Nilópolis
Beija-Flor vai distribuir alimentos para moradores de Nilópolis Divulgação
A Beija-Flor também deu início a uma campanha de doação de alimentos não perecíveis, roupas e colchões. Para isso, abriu as portas de sua sede, de segunda-feira a sexta entre 9h e 18h, como ponto de arrecadação. O objetivo é distribuir a famílias carentes de Nilópolis e também de outras regiões da Baixada Fluminense.
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No início de abril, a Azul e Branco entregou mais de quatro mil ovos a moradores de uma área carente de Nilópolis, conhecida como "Suvaco da Cobra". Durante a pandemia, a Beija-Flor já fez lives nas redes sociais para incentivar as pessoas a ficarem em casa.