Venda de terreno, usado parcialmente por Circo Escola de São João de Meriti, pode acabar com projeto social. Alunos têm aulas de técnicas como malabares e acrobacias
 - Luciano Belford
Venda de terreno, usado parcialmente por Circo Escola de São João de Meriti, pode acabar com projeto social. Alunos têm aulas de técnicas como malabares e acrobacias Luciano Belford
Por O Dia

Tendas montadas e arquibancadas vazias, sem público e sem espetáculo no picadeiro. Este é o cenário no Circo Escola Benjamin de Oliveira, em São João de Meriti, e na Escola de Artes da Chatuba, em Mesquita. Com as aulas suspensas, por causa da pandemia de coronavírus, as atividades e encontros têm sido pela tela do computador ou do celular.

No Circo Escola Benjamin de Oliveira, projeto da ONG 'Se Essa Rua Fosse Minha' que promove oficinas de circo a jovens da região, a equipe tem gravado vídeos estimulando os alunos a se movimentarem em casa. A iniciativa funciona desde 2013 e atende cerca de 100 alunos.

Além de vídeos com exercícios, a ONG separou uma lista de filmes com temas que envolvem o projeto, além de dividir materiais sobre a importância da higienização correta das mãos e alimentos. Durante esse período, os alunos se uniram ainda para uma campanha. Na ação "Quarentena sem fome Baixada", eles arrecadam alimentos e distribuem cestas básicas e kits de limpeza e higiene a famílias necessitadas. 

A rotina na quarentena sem as aulas presenciais de circo modificou o cotidiano dos alunos. "Foi uma mudança enorme e também muito repentina. Então tentamos envolver os alunos ao máximo para eles produzirem vídeos, se exercitarem e ficarem em casa. Temos promovido debates sobre arte, violência e racismo e aulas online. É a forma de estarmos juntos, todos estão sentindo muito falta de estar na lona, de estar com as pessoas, estão com saudade". 

A coordenadora da instituição, Erika Glória, explica a importância da cultura nestes tempos: "A cultura está se reinventando nesse momento. Temos espetáculos online e a cultura soube bem alcançar esse olhar desde início, trouxe refúgio. A arte conseguiu com criatividade se fortalecer nesta readaptação"

Já na Escola de Artes da Chatuba, que atende 140 alunos, têm acontecido oficinas no Facebook (@prefeiturademesquita). São oficinas de palhaçaria, teatro e de técnicas circenses, que acontecem duas vezes por semana.

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