Equipamento TOKVOX auxilia cegos no estudo da química  - Divulgação
Equipamento TOKVOX auxilia cegos no estudo da química Divulgação
Por O Dia

Um programa chamado TokVox busca auxiliar cegos e pessoas com baixa visão no estudo da química. A ferramenta une a imagem e o som de forma interligada, ágil e em qualquer lugar. A iniciativa é da professora Elaine Luiz de Carvalho e faz parte de seu projeto de mestrado da Universidade Unigranrio de Duque de Caxias.

A ferramenta é composta por um caderno de imagem de percepção tátil, um suporte físico feito com material MDF com teclado membrana, e uma placa eletrônica. Em complemento, foi criado também um aplicativo para celular, que reproduz as explicações do professor em áudio.

"Quando o aluno posicionar o código de barras do caderno tátil, no sensor do equipamento, e pressionar o botão da imagem tátil, será gerado um comando que enviará ao aplicativo, via Bluetooth, o áudio a ser reproduzido. Esse áudio é feito previamente pelo professor, que tem a liberdade de gravar o conteúdo quantas vezes quiser", explica a idealizadora.

O TokVox busca estimular a produção de material adaptado de baixo custo para deficientes visuais, além da utilização de procedimentos e metodologias que possam servir como ferramenta para os professores que têm o desafio de ensinar estes alunos.

A professora Elaine busca aprimorar o protótipo para que ele possa ser amplamente utilizado pelos estudantes. "Acredito no equipamento como um recurso para que o aluno sinta vontade e seja estimulado a estudar, além de dar a eles autonomia e comodidade. A pandemia acabou atrapalhando mais avanços, mas estamos melhorando com base nos cinco estudantes que testaram. Eles deram dicas para melhorar com base na experiência que tiveram. Outras disciplinas que utilizam a imagem no ensino, como biologia e geografia, também poderiam aproveitar essa ferramenta".

Tirando a ajuda de alguns amigos em ocasiões pontuais, os custos para desenvolver os cinco protótipos foram todos de Elaine, porque ela não dispõe de parceiros nem patrocinadores. Para definir o custo do equipamento, ainda será preciso fazer adequações e testes mais amplos. A profissional garante que o custo não será elevado e cada máquina demoraria, em média, um mês para ficar pronta.

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