Antes da pandemia do novo coronavírus os escritores, profissionais ou iniciantes, se reuniam na Biblioteca Cial Brito, que está fechada em razão das medidas de isolamento - Divulgação/Nathalia Cabral
Antes da pandemia do novo coronavírus os escritores, profissionais ou iniciantes, se reuniam na Biblioteca Cial Brito, que está fechada em razão das medidas de isolamentoDivulgação/Nathalia Cabral
Por André Arraes

O grupo 'Aleatórios' de contistas costumava se reunir, todo mês, na biblioteca Cial Brito, em Nova Iguaçu. Os encontros presenciais, em que as pessoas liam seus contos autorais de forma anônima e também aleatória, por sorteio, não são mais possíveis devido às restrições para conter o avanço da covid-19. Mas isso não desanimou os idealizadores do projeto, os professores Jonatan Magella e Thiago Kuerques, que estão buscando alternativas para manter as atividades mesmo à distância. A mais recente é uma parceria com compositores locais, que criaram músicas a partir das narrativas, dando origem ao álbum 'Íntimos Desconhecidos', que reúne a performance de 21 artistas.

"Eles tiveram um mês para pegar o conto e transformar em música. O diálogo com a narrativa ficou a cargo do compositor, precisando apenas de uma frase na íntegra do conto de inspiração", explica Magella, acrescentando que as músicas estão sendo apresentadas online nas reuniões virtuais do grupo de contistas.

Um dos que ajudou a transmitir os contos em forma de canção foi Vinícius Henrique. Músico há 10 anos, ele conta que compôs três músicas para o 'Aleatórios'. "Recebi o convite com muita satisfação. Foi a primeira vez que eu consegui transformar uma história em uma música, um grande desafio. Fiquei satisfeito com o resultado final e feliz em acrescentar mais essa experiência na minha caminhada profissional", conta.

Além da parceria com os músicos, Magella conta que o grupo criou, em abril, os áudio-contos. "Cada um da nossa equipe escreveu seu texto em casa e gravou, como se fosse um audiolivro. Editamos e publicamos no YouTube (Canal Thiago Kuerques). Depois, mandamos textos para atores criarem monólogos e também para ilustradores".

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