Suely aguarda cirurgia  - RePRODUÇÃO
Suely aguarda cirurgia RePRODUÇÃO
Por O Dia

Um projeto de urbanismo tático, que promovem mudanças rápidas e de baixo custo, feito pela Prefeitura de Mesquita tem se mostrado um verdadeiro transtorno. Apesar da obra ter dado uma nova cara à principal rua do Centro da cidade e ter criado calçadas mais largas para os pedestres, a mudança faz uma vítima diferente todos os dias.

Em 19 de agasto Suely Soares da Silva, 64, foi parar no hospital após sofrer uma queda na Rua Prefeito José Montes Paixão, no Centro. A idosa, moradora do bairro Alto Uruguai, sofreu grave fratura no joelho na queda, além de ter sofrido escoriações no corpo e ter seus óculos de grau quebrados. Suely foi socorrida pela Guarda Municipal e levada para a UPA de Edson Passos.

"Tropecei e caí de cara no chão. Os guardas me socorreram e na UPA apenas me olharam e disseram que não era nada. Fui para casa e no dia seguinte eu quase nem conseguia andar. Fui no médico particular e fiz exames que mostraram que era grave. Todas as despesas foram por minha conta", relata Suely.

O projeto "Ruas Completas" aumenta as calçadas, através de pinturas no asfalto, de forma que indiquem onde o pedestre poderá passar, dando assim mais espaço. O problema, é que o olho-de-gato, sinalização rodoviária que fica no chão para refletir a luz dos faróis dos automóveis, se camuflou na pintura colorida feita no chão, fazendo com que o pedestre não o visualize, tropece e caia.

Mas Suely não foi a única a cair no local desde que a pintura foi feita no chão. Pedestres têm relatado constantemente acidentes no local e temem que algo pior aconteça.  "Uma colega de trabalho caiu semana passada, isso tem que acabar", reclamou Leandro Silva, 33.

Nas redes sociais as reclamações são muitas. "Eu levei um tombaço. Dois homens tentaram me segurar para evitar a queda, mas não conseguiram. Machuquei os dedos, ralei o joelho esquerdo. Depois disso, minha lombar e a dorsal (coluna) me deixaram de cama".

"Hoje um senhor quase sofreu um acidente no momento que ele esbarrou tinha uma pessoa por perto e conseguiu segurá- lo", contou Maria do Rosário.

"Eu tenho uma vizinha 72 anos que tomou um tombo em frente à igreja. Ela está mal toda machucada e quebrou o braço", disse um internauta.

"Fiquei dez dias de cama por ter tropeçado nesta arte. Distensão do nervo ciático", lamentou outra moradora.

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