No início de 2019, um desmoronamento de rochas do túnel do Tibau interrompeu o fluxo hídrico entre a lagoa e o mar, que será restabelecido  - REPRODUÇÃO/INTERNET
No início de 2019, um desmoronamento de rochas do túnel do Tibau interrompeu o fluxo hídrico entre a lagoa e o mar, que será restabelecido REPRODUÇÃO/INTERNET
Por O Dia

As obras de desobstrução do canal da Lagoa de Piratininga, em Niterói, começam nesta semana. Na última sexta-feira, o prefeito Rodrigo Neves assinou a ordem de início do reparo, que será feito por uma empresa de São Paulo, vencedora do processo de licitação, especializada em perfuração e desmonte. A expectativa é que o trabalho seja concluído em três meses.

No início de 2019, um desmoronamento de rochas do túnel do Tibau interrompeu o fluxo hídrico entre a lagoa e o mar, que será restabelecido pelas obras. O túnel foi construído em 2008 pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). De acordo com a prefeitura, o desmoronamento foi analisado por técnicos da pasta e especialistas externos, que constataram que o acidente foi causado por falha de execução da obra.

Desde 2013, a gestão do sistema lagunar da Região Oceânica de Niterói é compartilhada entre o Município e o Governo do Estado, que contratou a elaboração de um relatório-base para avaliação da área e intervenção necessária, além de um termo de referência a fim de iniciar o processo de preços para a obra. O procedimento foi interrompido em outubro do ano passado, quando o Inea disse que realizaria a intervenção para desobstrução do túnel, porque a obra não era de competência do Município.

Mas o Inea não realizou a obra e depois de um entendimento entre o Município e o órgão, a gestão municipal, em fevereiro deste ano, repetiu a montagem do termo de referência e a cotação de preços para o lançamento de edital e decidiu investir R$ 1,089 milhão para realizar o reparo.

Tecnologias inovadoras
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Ainda nesta semana, a prefeitura de Niterói deve assinar o contrato para o início das obras do Parque Orla Piratininga. Em maio, a prefeitura, por meio do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável), lançou uma consulta pública para receber propostas de interessados no desenvolvimento de experimentos no local, usando tecnologias inovadoras destinadas à redução de lodo na Lagoa de Piratininga.
Com base nas propostas, a intenção é elaborar o Termo de Referência para contratação das tecnologias inovadoras através da Encomenda Tecnológica (ETEC). O projeto da prefeitura prevê a recomposição vegetal da orla da Lagoa, que abrange mais de 150 mil metros quadrados e a implantação de um sistema de gestão de águas pluviais composto por bacias de sedimentação, jardins filtrantes e de chuva, além de biovaletas para captação e tratamento de águas dos rios e da rede de drenagem das principais bacias contribuintes à Lagoa de Piratininga.
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"Esse é outro projeto esperado há décadas e que foi concebido por uma equipe multidisciplinar de dezenas de técnicos, e já foi premiado na Europa como um programa inovador na recuperação de corpos hídricos. Nós vamos devolver à cidade uma lagoa despoluída e uma área que, sem dúvida, vai ser um dos locais mais especiais de lazer e convivência das famílias de Niterói", declarou o prefeito.
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