Primeira fase da campanha contará com 10 milhões de doses da vacina - Douglas Macedo/Prefeitura de Niterói
Primeira fase da campanha contará com 10 milhões de doses da vacinaDouglas Macedo/Prefeitura de Niterói
Por O Dia

A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Prefeitura Municipal de Niterói celebraram na última segunda-feira, um convênio de cooperação para diagnóstico por biologia molecular (rt-PCR) do SARS-Cov-2, causador da Covid-19. Para isso, um grupo de laboratórios especializados da UFF será transformado em um Centro Público de Testagem já credenciado pelo Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ). Com a parceria da Prefeitura, os laboratórios da UFF terão potencial de produzir mil testes do tipo PCR por mês.

O objetivo do Centro de Testagem é oferecer o diagnóstico rápido da infecção pelo novo coronavírus para profissionais de saúde e população de Niterói que foram expostos a pacientes suspeitos ou confirmados da doença. O projeto prevê entrega de 6.000 testes até o final da parceria e deixará um legado de infraestrutura para UFF e de expansão serviços públicos de saúde para a população do município.

"Construímos uma rede de grupos de pesquisa que se relacionam e propusemos o projeto que é um benefício de curto prazo como mais um esforço de combate à pandemia, mas também deixa um legado amplo para o município e para a UFF que qualifica o próprio serviço de saúde de Niterói, uma vez que método (rt-PCR) também é usado para detectar outros microorganismos", afirmou o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.

A Prefeitura de Niterói vai investir na melhoria de estruturas laboratoriais, aquisição dos insumos adequados e recursos humanos dedicados exclusivamente à rotina de testagem para aumentar a capacidade diária das análises. O secretário de Saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, afirmou que o projeto tem a finalidade de preparar os laboratórios para o enfrentamento de emergências sanitárias e que esse convênio aumenta a capacidade de testagem do município.

O Laboratório Multiusuário de Apoio à Pesquisa em Nefrologia e Ciências Médicas (LAMAP), certificado como Laboratório de Apoio do LACEN, vem atuando como centro de testagem modelo de COVID-19, com capacidade de execução de 25 análises por dia. A UFF recebe amostras do ambulatório móvel da Prefeitura e realiza a triagem molecular dos casos suspeitos de pessoas sem moradia fixa na cidade de Niterói. Antes mesmo da implementação do acordo com a Prefeitura, já foram testados por essa rede da UFF um total de 1027 pacientes até o momento, entre profissionais de saúde e população da cidade.

Niterói realiza primeiros testes da CoronaVac, contra a covid-19
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Os primeiros profissionais de saúde voluntários já começaram a participar dos testes da vacina CoronaVac, contra a covid-19, em Niterói. Através de uma parceria entre a prefeitura, o Instituto Butantan, de São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena o estudo inédito no estado do Rio, a vacina, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, passa por ensaio clínico que irá avaliar a eficácia e a segurança da substância contra o novo coronavírus.
Niterói é a única cidade fluminense a participar do estudo, que tem outros 11 centros distribuídos pelo país. A CoronaVac será testada em 9 mil voluntários no Brasil e destes, cerca de 850 serão da cidade. Uma das voluntárias em Niterói, a médica geriatra Marcelle Bastos, trabalha na rede privada na cidade.
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"Fiz o teste rápido de Covid-19, o PCR e o exame de sangue e recebi a primeira dose da vacina. Vou passar por um acompanhamento para verificar a eficácia da vacina. Espero poder ajudar a população que está precisando muito. A expectativa é que que ela seja segura e eficaz", torce a médica.
De acordo com o Instituto Butantan, a vacina é uma das mais promissoras porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. O laboratório já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários nas fases 1 e 2. Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial para fornecimento gratuito ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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