Sala Lilás fez 145 atendimentos em dois meses - Berg Silva/Prefeitura de Niterói
Sala Lilás fez 145 atendimentos em dois mesesBerg Silva/Prefeitura de Niterói
Por O Dia

Com pouco menos de dois meses de inauguração, a primeira Sala Lilás de Niterói já realizou 145 atendimentos a mulheres vítimas de violência. Entre elas, 122 eram adultas e outras 23 crianças ou adolescentes. O espaço é uma parceria entre as prefeituras de Niterói e Maricá, Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) e da Secretaria Polícia Civil.

O local é equipado para fazer exames periciais e conta com o trabalho multidisciplinar que acompanha meninas e mulheres durante os exames. A equipe é composta por enfermeiras, assistente social e psicóloga e está capacitada para acolher e realizar o atendimento especializado.

O serviço tem o objetivo de deixar a vítima mais à vontade para relatar a violência e orientá-las sobre como buscar ajuda junto à Rede de Atendimento das duas cidades. A Sala Lilás tem ainda ambientação mais acolhedora e aconchegante, para dar suporte às mulheres que estão em momentos de fragilidade física e emocional.

A Coordenadora de Direitos da Mulher (Codim), Karina de Paula, afirma que o espaço vai minimizar o impacto da violência contra a mulher e terá um papel importante e orientação também.

"Esse projeto visa minimizar o impacto da violência e da revitimização das mulheres e meninas no momento do atendimento para coleta de provas materiais dos atos de violência sofridos. Além disso, a equipe cumprirá um papel importante na orientação a essas mulheres, tanto para os serviços de apoio quanto para a profilaxia, essencial para crimes de natureza sexual e que é realizada somente nos hospitais. Serve para evitar o contágio por infecções sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada", explicou Karina.

De janeiro a setembro de 2020, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da prefeitura de Niterói realizou 170 atendimentos a mulheres que buscaram auxílio pela primeira vez. No mesmo período do ano passado, foram realizados 141 atendimentos, o que representa pouco mais de 20% na busca pelo serviço.

Só nos últimos quatro meses, desde junho, quando voltaram os atendimentos presenciais, o Ceam registrou 84 atendimentos, número maior que os 66 atendimentos realizados no mesmo período do ano anterior. Mas, durante a pandemia, esse número diminuiu. Entre março e setembro, foram 116 mulheres atendidas, contra 126 no ano de 2019.

Segundo Karina de Paula, entre os motivos pode estar a dificuldade de movimentação das mulheres que estão com menos liberdade de se deslocar com as escolas fechadas, home office e aumento do desemprego feminino. "Buscar ajuda torna-se mais difícil devido ao menor controle sobre sua rotina fora do ambiente doméstico", explicou.

A Sala Lilás fica no Posto Regional de Polícia Técnico Científica (PRPTC), na Travessa Comandante García D'ávila, nº 51, no bairro Santana. A Codim e a Ceam ficam na Rua Cônsul Francisco Cruz, nº 49, no Centro. O contato com a Central de Atendimento à Mulher, basta dicar 180.

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