Prédio, em art déco, foi inaugurado na década de 1940 pelo então presidente Getúlio Vargas - Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói
Prédio, em art déco, foi inaugurado na década de 1940 pelo então presidente Getúlio VargasLuciana Carneiro/Prefeitura de Niterói
Por O Dia

As obras do novo Mercado Municipal de Niterói devem ficar prontas no aniversário da cidade, no próximo dia 22. O prédio, em art déco, na Região Central, inaugurado na década de 1940 pelo então presidente Getúlio Vargas, ficou abandonado por mais de 30 anos e será um polo comercial e econômico do município. Depois de reaberto, as lojas e comércios vão poder se instalar para começar a funcionar no próximo ano.

O imóvel faz parte de um conjunto arquitetônico da região portuária de Niterói, com uma área de cerca de 9,7 mil m². O térreo do mercado será um espaço para comercialização de frutas, incluindo espécies raras e de cultivo orgânico, verduras, legumes, produtos tradicionais da região, açougue, empórios especiais, produtos gourmet, queijos, laticínios e especiarias. No mezanino ficarão restaurantes, cervejarias artesanais e adega.

"Teremos a restauração concluída no dia 22 e vamos iniciar, através de uma parceria com o setor privado, a implantação de lojas e restaurantes com padrão internacional. Esse é um esforço para manter as empresas vivas, sobretudo as pequenas e médias, e a gente trabalhou muito nesse contexto no sentido da pandemia e por isso Niterói está tendo uma retomada mais forte e mais rápida do que todas as outras cidades do entorno. Esse projeto é uma das âncoras da retomada da economia de Niterói. Vamos ter aqui dezenas de empresas instaladas com centenas de empregos gerados, revitalizando também do ponto urbanístico do entorno", disse o prefeito Rodrigo Neves.

A prefeitura de Niterói e o consórcio Novo Mercado, vencedor da licitação, firmaram uma parceria público-privada para a reforma e gestão do espaço por 25 anos. O investimento do consórcio será de R$ 69 milhões em três anos, sendo R$ 30 milhões na reforma do atual prédio.

Cerca de 3,5 mil pequenos e médios empresários já demonstraram interesse na locação de boxes do espaço e os negócios estão em andamento para a ocupação das 180 lojas. Na segunda fase, serão construídas uma nova praça, um centro cultural e um edifício garagem com 300 vagas. Todo o local contará com medidas de sustentabilidade, como o uso da luz natural, reaproveitamento de água de chuva e um telhado verde.

"Esta é uma iniciativa de parceria com o setor privado para atrair o público não só para essa experiência de consumo e gastronômica, mas também a revitalização urbanística, com empreendimentos imobiliários e abertura de indústrias aqui na região. Essa é a forma que a prefeitura tem que reativar a economia, de fortalecer o desenvolvimento e, principalmente, o emprego na nossa cidade", destacou a secretária de Fazenda, Giovanna Victer.

Segundo o Secretário de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Renato Barandier, a revitalização do Mercado Municipal está atraindo não só comércio, mas habitação para a região do Centro da cidade.

"Antes mesmo de abrir o Mercado, essa âncora de revitalização urbana, nós já temos aqui ao lado uma fábrica de sorvete sendo construída e prestes a ser inaugurada. Também temos um supermercado atacadista em construção e um conjunto residencial, que é uma das diretrizes de sustentabilidade do século XXI, que vai trazer habitação para o Centro. Isso já está acontecendo aqui na região com duas torres residenciais sendo construídas", reforçou Renato Barandier.

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